Tatá, Iozzi e mais famosas apoiam Juliana Lohmann após revelação de estupro
Personalidades como Tatá Werneck, Paula Braun, Giselle Itié e Mônica Iozzi manifestaram apoio à atriz Juliana Lohmann, que revelou ontem, em depoimento à revista Claudia, ter sido estuprada aos 18 anos por um diretor de cinema.
Lohmann, de 30 anos, disse que passou os 12 últimos se sentindo culpada pelo crime, cometido por "um famoso" do cinema, que a convidou para fazer teste para um filme.
No Twitter, Tatá disse que é "importantíssima" a decisão de Juliana de abrir a experiência. "Imagino quanto tempo você deve ter guardado essa dor imensa dentro de você", escreveu.
Mônica Iozzi agradeceu a atriz nos comentários do Instagram: "Obrigada por compartilhar sua história conosco, Ju. Admiro sua coragem, sua força, sua doçura e sororidade. Estamos juntas!"
"Receba nosso amor e gratidão por ser uma mulher tão potente. Por aqui você tem uma hermana", escreveu Giselle Itié, enquanto Paula Braun declarou, em vídeo, que "[o relato] faz sentido para quem trabalha com audiovisual".
Maytê Piragibe, ao comentar, revelou que passou por uma situação semelhante: "Também sofri abusos e ainda junto os cacos para quem sabe um dia ter essa coragem como a tua em expor. Não é fácil nem simples, te admiro e estou aqui para ter dar apoio, cuidado e muito afeto. Te respeito ainda mais!"
Também comentaram as atrizes Cecilia Dassi, Julia Konrad, Bella Piero, Juliane Araújo, Aline Fanju, Lua Blanco e Giselle Batista, além da cantora Zélia Duncan, da filósofa Djamila Ribeiro e da ex-candidata à vice-presidência, Manuela D'Ávila.
Estupro aos 18; agressor era diretor famoso
A atriz Juliana Lohmann fez sua primeira aparição na TV aos 11 anos e passou a adolescência nos bastidores das novelas. Aos 18, foi vítima de um estupro e só hoje, aos 30, entende que não foi culpada pelo crime.
Em depoimento à revista Claudia, ela conta que o agressor foi "um famoso" do cinema, que a convidou para fazer teste para um novo filme.
"Ele me ligou e me chamou diretamente. Era em São Paulo e eu sou do Rio de Janeiro. Perguntei se podia levar minha mãe. Não, ele não poderia pagar mais uma passagem. Pediu desculpas. Fui mesmo assim. Era a primeira vez que viajava sozinha, me senti uma desbravadora de novos horizontes", lembra.
Juliana e o agressor se encontraram, por sugestão dele, em um quarto de hotel. Os dois passaram o texto algumas vezes, até que o homem sugeriu que ela fumasse maconha.
"Ele concluiu que a personagem exigia 'mais loucura'. Fiquei reticente, mas acabei aceitando. Dizer não para um diretor não é algo que uma atriz de dezoito anos sabe exatamente fazer. Um trago foi o suficiente para que eu ficasse completamente chapada. Em determinado momento, percebi que o contato que ele fazia comigo excedia o profissional."
A atriz lembra de ter sido beijada e, na sequência, ter dito que não queria aquilo. Ela conta que foi "uma completa surpresa" e que, aos 18 anos, "não fazia a menor ideia de que seria atraente para um homem como ele".
O diretor alegou que nada havia sido premeditado, que estava ali de forma "estritamente profissional", mas que Juliana "o havia encantado". Na sequência, a imobilizou e disse que, se a jovem gritasse, ninguém ouviria.
"Pensei em gritar mesmo assim, mas, se alguém escutasse e fosse me socorrer, seria um escândalo. Todos iriam saber que eu estava ali, com aquele homem casado e famoso em seu apart hotel. O que eu tinha ido fazer lá? Eu tinha me colocado naquela situação. Tinha aceitado viajar sem minha mãe, tinha fumado maconha com essa pessoa. Eu tinha provocado", conta.
Juliana afirma que precisou "insistir" para que o homem ao menos usasse camisinha. "De trás do quadro ele retirou um saco plástico com alguns preservativos. Aquilo me deu a sensação de que eu não era a única pela qual ele 'tinha se encantado'. Colocou a proteção, mas retirou logo em seguida, ejaculando dentro de mim", lembra. Em seguida, o diretor pediu que ela dormisse com ele.
Na manhã seguinte, a atriz foi estuprada mais uma vez e ouviu, do agressor, que ela o havia lançado um "olhar de desejo", que ela era "uma delícia" e que ele iria "querer mais". "No dia seguinte, de manhã, fui acordada por seu membro invadindo minha vagina. Lembro de ficar na mesma posição, deitada de lado, e apenas enfiar meu rosto no travesseiro pra que ele não percebesse as lágrimas que caíam sem controle. Ele ejaculou dentro, de novo", relatou.
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