Hollywood tem recorde de representatividade LGBTQ, mas falta qualidade
A GLAAD (sigla para Aliança Gay e Lésbica contra Difamação), organização não governamental nos Estados Unidos, indica que há motivos para comemorar — e alguns outros não — sobre a participação de LGBTQs em Hollywood. Todos os anos, a ONG divulga um índice que analisa quantidade, qualidade e diversidade de personagens LGBTQs nos filmes de maior bilheteria no ano anterior.
O Índice de Responsabilidade dos Estúdios da ONG registrou um aumento na porcentagem de representação, mas baixa diversidade racial e ausência de caracteres trans.
O estudo avaliou oito estúdios e quatro de suas subsidiárias, conforme relatado pela Box Office Mojo, diz o site Deadline:
- Lionsgate
- Paramount Pictures
- Sony Pictures
- STX Films
- United Artists Releasing
- Universal Pictures
- The Walt Disney Studios
- Warner Bros
Dos 118 filmes lançados em 2019, 22 (18,6%) incluíam personagens lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e/ou queers. Os números aumentaram um pouco em relação ao índice anterior, que registrou 20 dos 110 (18,2%) filmes como inclusivos para LGBTQ.
Isso marca a maior porcentagem de inclusão desde a primeira realização desse tipo de análise, oito anos atrás.
Porém, o índice não atribuiu a nenhum dos oito estúdios ou suas subsidiárias o grau de "bom" ou superior a isso, com base na qualidade, quantidade e diversidade da representação LGBTQ.
Lionsgate, Paramount Pictures, United Artists Releasing e Universal Pictures obtiveram notas "insuficientes", enquanto Sony Pictures Entertainment e Walt Disney Studios obtiveram notas "fracas".
A STX Films não atingiu qualquer marca, pois recebeu uma avaliação de "reprovada", sem representação LGBTQ.
"O cinema tem o poder de educar, esclarecer e entreter o público em todo o mundo, e no clima político e cultural atual de divisão, devemos priorizar as histórias LGBTQ e as de todas as pessoas marginalizadas", disse Sarah Kate Ellis, presidente e diretora-executiva da GLAAD.
A diversidade racial de personagens LGBTQ nos filmes examinados diminuiu pelo terceiro ano consecutivo. Em 2019, apenas 34% dos personagens LGBTQ eram negros (17 de 50), abaixo dos 42% no relatório anterior e uma diminuição de 23 pontos percentuais dos 57% em 2017.
Quanto à representação de transgêneros, não houve nenhuma, pois os personagens trans não foram incluídos nos principais lançamentos de estúdio pelo terceiro ano consecutivo.
"Apesar de ver uma porcentagem recorde de filmes com inclusão LGBTQ este ano, o setor ainda tem um longo caminho a percorrer em termos de representar de maneira justa e precisa a comunidade LGBTQ. Se os estúdios de cinema querem permanecer relevantes para o público de hoje e competir em um setor que enfatiza a diversidade e a inclusão, eles devem reverter urgentemente o curso sobre a representação decrescente de mulheres LGBTQ e pessoas negras, bem como a completa ausência de personagens trans", critica Ellis.
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