Juliana Alves diz que filha brinca com bonecas de todas as cores
Juliana Alves contou que a filha Yolanda, de 2 anos, tem brinquedos de todos os tipos e brinca com bonecas de todas as cores.
Em entrevista à revista Crescer, a atriz foi questionada se já falou sobre racismo com a menina, fruto do relacionamento com o diretor Ernani Nunes, e o que ensina ou gostaria de ensinar a ela. Ela destacou a importância da responsabilidade para tratar sobre o assunto na educação das crianças.
"Ela brinca com brinquedos de todos os tipos, bonecas de todas as cores, ela tem várias bonecas negras. Outro dia, me vi mexendo na arrumação que uma pessoa havia feito nas bonecas dela, colocando as negras de um lado e as clarinhas de outro. (risos) Mas isso não basta se na vida real ela observa uma subalternação de pessoas negras, situações que façam juízo de valor pela cor da pele ou do cabelo. É muito importante que quem educa as crianças tenha essa responsabilidade porque não educamos em uma bolha, educamos para a convivência", afirmou.
Juliana disse que vê os pais lutando contra o preconceito e o racismo desde que era pequena, se diz "cansada", mas reconhece os avanços conquistados.
"Quantos movimentos que, com sua atuação, conseguiram direitos e condições que desfrutamos hoje, mas não têm o devido apoio da população, não são ouvidos. Há quanto tempo falamos que o mesmo racismo que permite brincadeiras nas escolas é o racismo que exclui das oportunidades e o que mata? Mas, ainda assim, reconheço os avanços e as pessoas que somam e nos fortalecem cada vez mais", disse.
Sobre a reação da filha ao momento de isolamento social por causa do novo coronavírus, a atriz disse que Yolanda inicialmente gostou de ter os pais por perto o dia todo.
"Depois de um tempo, ela começou a dar sinais de irritação e pedir pra ir na pracinha, pra ver as amiguinhas e, agora, eu fico menos tempo com ela porque tenho trabalhado mais, então, ela solicita muito nossa atenção. Eu converso, negocio e ela está entendendo mais, mais adaptada. Sei que pra todos nós tem sido sacrificante, em graus diferentes pra cada um. Eu lamento muito por não poder proporcionar uma diversidade maior de situações pra ela", conta.
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