Projeto dá corrida em app de transporte para saída de maternidades em SP
Mulheres assistidas pela Rede Mãe Paulistana, de São Paulo (SP), e que dão à luz na pandemia em hospitais públicos cadastrados no programa, têm direito a um voucher de transporte de carro particular, para fazer o trajeto da maternidade para casa sem a necessidade de expor a mãe e o recém-nascido ao uso de transporte público.
O projeto é uma parceria da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo com a 99, empresa de mobilidade urbana, e atende a 35 locais, entre maternidades públicas e as casas de parto de Sapopemba (na Zona Leste) e Jardim Ângela (na Zona Sul). Entenda como funciona o sistema.
Projeto dá corrida de app para puérperas
A puérpera atendida pelo Mãe Paulistana recebe, na saída da unidade hospitalar, um código que garante um desconto de R$ 30 na corrida do aplicativo. O voucher dura 15 dias, e também pode ser usado para outras saídas, como a primeira consulta do bebê.
"De modo geral, as mulheres são as mais vulneráveis durante a pandemia. E também as que dependem mais de transporte público. O que queremos é levar um transporte seguro para as mães; sabemos que as de classes C, D e E têm dificuldade de acesso, inclusive porque ônibus não são adaptados para cadeirinha ou carrinho de bebê", pontua a diretora de comunicação da 99 Pâmela Vaiano. O serviço atende às mães de São Paulo e de Goiânia.
Mãe de segunda viagem, a dona de casa Rita de Cassia da Silva, moradora do Grajaú, zona sul paulistana, usou o benefício para levar o pequeno Murilo, no 12 de julho, para casa. O bebê nasceu no Hospital Geral de Pedreira. "Para ir de ônibus seria contramão, teria que fazer baldeação", contou para Universa. "Fui de 99 para ter meu parto, que foi normal, e paguei a corrida. Na volta, a maternidade me deu o cuponzinho da empresa e pude ir para casa".
Quem a aguardava por lá era a primogênita Milenny, de 6 anos. "A experiência da gravidez foi igual, a diferença é que agora estamos nessa loucura de pandemia. Não posso receber a visita de ninguém para conhecê-lo e nem posso ter ajuda para cuidar de tudo", comenta Rita de Cassia, que tem ficado, como muitas mulheres, sobrecarregadas com a rotina dentro de casa no isolamento social. "Meu marido trabalha em açougue e não parou de trabalhar por causa do coronavírus. Murilo fica acordado o dia inteiro, então, é mais difícil dar conta de tudo".
Segundo Vaiano, 5% do total de mulheres que pariram na rede pública cadastrada em São Paulo desde 14 de maio foram atendidas pelo serviço da 99, totalizando 1.465 mães com seus bebês no colo. A fase inicial do projeto contemplará, no total, 5 mil corridas para o transporte durante a pandemia.
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