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Valentina Sampaio quer ver a indústria da moda acolhendo mais pessoas trans

Valentina Sampaio quer mais oportunidades para a população LGBTQ+ na moda - Reprodução/Instagram @valentts
Valentina Sampaio quer mais oportunidades para a população LGBTQ+ na moda Imagem: Reprodução/Instagram @valentts

De Universa, em São Paulo

05/08/2020 12h42

A modelo Valentina Sampaio quer ver as diferentes partes da indústria da moda incluindo mais pessoas da comunidade trans. Ela é grata por tudo o que conquistou no ramo, mas quer que mais portas sejam abertas para a diversidade.

"Adoraria ver pessoas, marcas e empresas sendo mais abertas a abraçar sem medo a comunidade trans com compaixão e respeito, educar as pessoas e ter mais recursos para a comunidade LGBTQIA+", afirmou em entrevista à Vogue.

Valentina contou à revista que viu muitas portas se fecharem na carreira pelo fato de ser uma mulher transexual.

"Houve momentos em que minha simples existência era chamada como 'pecado'. Nascer trans e viver da minha essência me fez passar por uma série de julgamentos cruéis, críticas e insultos. Coisas básicas como o meu direito de me vestir como mulher, frequentar a universidade e o trabalho foram desafios estressantes para mim", disse.

"Ser trans geralmente significa enfrentar uma porta fechada para o coração das pessoas. Muitas vezes significa enfrentar a rejeição da família, traumatizar com o bullying na escola e oportunidades profissionais muito limitadas e dignas", declarou.

Sports Illustrated

Valentina Sampaio está acostumada a ser "a primeira": a brasileira já foi a primeira modelo trans a aparecer na capa da Vogue francesa e a primeira a participar do casting da Victoria's Secret. Agora, ela alcançou outra marca importante, se tornando a primeira mulher trans fotografada para a edição de roupa de banho da Sports Illustrated.

A modelo falou a Universa sobre a experiência. "Estou muito feliz, são pequenas conquistas que podem ajudar a mudar a sociedade. Todos precisam ter seu espaço respeitado. Essa é a minha luta. Preenche meu coração porque é mais um passo rumo à inclusão e pela representatividade."

À Vogue, Valentina reconheceu a importância da representatividade de ser uma mulher trans ocupando esses espaços. "Sei que tenho muita sorte e sou profundamente grata. Também acho extremamente importante compartilhar marcos e vitórias positivas. Se qualquer coisa que eu digo ou faça pode plantar uma semente de amor, aceitação ou esperança em outra pessoa, de alguma maneira, então usarei minha plataforma para o bem de todas as pessoas."