De amor a aborto: novo livro mostra lado conselheira de Simone de Beauvoir
Um dos nomes mais famosos da teoria feminista e autora de clássicos como "O Segundo Sexo", a francesa Simone de Beauvoir era também, quem diria, uma conselheira.
No livro "Sex, Love, and Letters: Writing Simone de Beauvoir" ("sexo, amor e cartas: escrevendo Simone de Beauvoir", em tradução livre), que chega às livrarias americanas no dia 15 de setembro, a pesquisadora Judith G. Coffin apresenta um compilado de cartas que ela recebeu de leitores pedindo ajuda sobre os mais variados temas.
Há uma mensagem, por exemplo, de uma mulher dizendo ser lésbica, afirmando que ela e sua amiga se amam há anos e pedindo a Simone o nome de um médico que pudesse transformá-la em um homem.
Em outra carta, uma professora afirma que nunca sentiu "amor nem volúpia" e revela: "Ninguém me deu um momento em que tremi de desejo". Temas até hoje polêmicos, como aborto, também estão nas missivas.
Uma outra leitora de Simone lhe escreveu dizendo "soluçar de desespero" depois de abortar ilegalmente em uma "mesa suja". As informações são do jornal britânico The Guardian.
As cartas fazem parte do acervo da Biblioteca Nacional da França, ao qual Judith teve acesso."Nada me preparou para o drama que encontrei", conta a autora à publicação. "Uma efusão de projeção, identificação, expectativa, decepção e paixão."
Para Judith, as pessoas escreviam a Simone porque viam nela uma intelectual brilhante e uma pessoa com uma "hipersensibilidade" e, por isso, capaz de dar bons conselhos. Era por isso, diz a autora, que admitiam contar os segredos mais íntimos para alguém que não conheciam.
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