EUA: Ex-deputada que teve fotos íntimas vazadas diz que pensou em suicídio
Ex-representante da Califórnia no Congresso dos Estados Unidos, a democrata Katie Hill disse em artigo publicado hoje no site da revista norte-americana Teen Vogue que pensou em se suicidar após ter fotos íntimas vazadas no fim do ano passado.
"[Em casos de] compartilhamento não consensual de imagens nuas ou gravações como o que aconteceu comigo, mais da metade das vítimas dizem que já tiveram pensamentos suicidas. E eu era uma delas", disse Hill.
"Falo sobre tudo isso no contexto de descobrir como desmantelar os sistemas misóginos e as barreiras que nos impedem, que muitas vezes levam às disparidades de saúde mental entre meninas e meninos, mulheres e homens", afirmou.
Em outubro de 2019, Katie Hill anunciou sua renúncia ao posto de deputada dias depois de fotos íntimas suas terem sido divulgadas pelo jornal britânico Daily Mail. Segundo a ex-congressista, seu ex-marido foi o responsável pelo vazamento das imagens.
Também hoje, o livro de Katie Hill foi lançado nos Estados Unidos. Em "She Will Rise: Becoming a Warrior in the Battle for True Equality" (ainda sem tradução para o português), a política conta sobre seu ativismo e experiência na luta pela igualdade de gênero.
No artigo, Hill disse que resolveu lançar o livro "para ajudar meninas e mulheres a saber que não estão sozinhas e que, apesar de nossas cicatrizes, temos que nos levantar e continuar lutando".
A ex-congressista também aproveitou seu espaço na Teen Vogue para incentivar que mulheres mais jovens se encorajam e pensem em ocupar cargos públicos como instrumento de visibilidade.
"Precisamos de vozes jovens à mesa, agora mais do que nunca", pontuou.
Reconstrução lenta
Em entrevista publicada ontem no site da revista norte-americana Glamour, Katie Hill disse que ainda tenta reconstruir sua carreira após "cair de um penhasco" com o vazamento das fotos íntimas.
"É como se você estivesse saindo de um desfiladeiro e tentando encontrar a saída mais eficiente, sabendo também que há perigo em sair rápido demais, mas também tem um desejo muito forte de sair o mais rápido que você puder", contou.
"Posso nunca estar no nível em que estava antes, mas voltei", enfatizou.
A ex-congressista também falou sobre seu livro na entrevista, dizendo que buscou "colocar em palavras nossa missão como feministas, como guerreiras, como mulheres, que é garantir que as mulheres tenham realmente garantidas algumas coisas básicas: consideração, autonomia, segurança, igualdade e poder".
"Precisamos alcançar poder igual para que qualquer uma dessas coisas aconteça, o que significa eleger mulheres e colocá-las em posições de poder em todos os níveis - seja no governo, na mídia, em organizações sem fins lucrativos ou no mundo corporativo", afirmou.
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