Angélica relata desafios na quarentena: 'Alfabetizei a minha filha'
Mãe de Joaquim, de 15 anos, Benício, de 13, e Eva, de 7, Angélica conversou com Thais Fersoza sobre o dia a dia de sua família durante o período de isolamento social. No bate-papo, que ocorreu no canal da atriz no YouTube, a apresentadora comentou sobre as dificuldades e os aprendizados da maternidade.
"Eu achei que o Joaquim ia pirar, surtar, porque ele estava no auge, começando a sair... Mas ele entendeu. Ele é inteligente. Ele percebeu que era um fato histórico. É uma pandemia. E eles começaram a viver isso junto com a gente. A gente tem muito diálogo aqui em casa. Sempre teve. Então, a gente conversa muito. É todo mundo muito parceiro aqui. Tem muita intimidade", explicou.
Um dos maiores desafios de Angélica ao longo dos últimos meses foi o de orientar a alfabetização de Eva. "Eu ficava todos os dias, de 9h às 13h, fazendo aula com ela, de segunda a sexta. Desenvolvi uma dor na lombar... A gente se descobriu também. A gente brigou, a gente se irritou... Eu tive que contar até 10 várias vezes... Ela conheceu uma outra mãe que ela não conhecia, porque a mamãe era só brincar, a mamãe era só diversão... A mamãe virou, do nada, professora, em casa", relatou a apresentadora.
Apesar do desgaste físico e mental, Angélica se mostrou grata pela oportunidade de alfabetizar a filha: "No final, também foi bom. A gente vai ter uma história para contar. Eu vou ter orgulho de bater no peito e falar: 'Eu alfabetizei a minha filha'. Olha que coisa que eu jamais pensaria que ia acontecer. Eu aprendi muita coisa também. Eu troquei com ela. Tem o lado bom também. Mas que foi estressante, que foi dolorido para a gente, foi".
Para que Joaquim, Benício e Eva conseguissem se adaptar à quarentena, Angélica disse que precisou estabelecer algumas regras em casa. "Quando eu percebi que a coisa ia demorar, logo no primeiro mês, eu falei: 'Cara, a gente vai criar rotina aqui'. E aí eu dei uma de general e criei umas rotinas. Eles têm aula online, aí a gente para tudo e almoça junto, eles voltam para a aula, eu ajudo a Eva... A gente tinha uma rotina. E a gente criou essa dinâmica. Levanta da mesa, leva o prato na pia... Não lava. Mas leva o prato. Arruma a cama... São coisas tão simples, ordinárias, mas que têm que acontecer, que têm que ser feito. E eles entenderam. Todo mundo tinha rotina", relatou.
Sobre sua relação com o marido, Luciano Huck, Angélica explicou como o casal fez para se entender da melhor forma possível: "A gente sempre gostou muito de ficar juntinho. A gente é aquela coisinha meio grudenta. Mas, com a opção de não estar. Dessa vez, não tinha opção. Esse é o problema. A gente estava atento o tempo inteiro para respeitar o espaço do outro. Uma coisa só que me estressava é a coisa doméstica mesmo. Não ajuda muito... Eles não ajudam muito. É raro o homem que vai lá arrumar um banheiro, lavar uma louça...".
Apesar do momento delicado, Angélica contou que se guia pela meditação para manter a cabeça no lugar. "Tenho procurado trabalhar muito a cabeça. Eu acho que está tudo dentro da gente. As respostas, as vontades, a beleza... Está tudo dentro. Mesmo. Não é religião. Mas a espiritualidade ajuda muito. Estar conectado com algo a mais. Eu medito. Eu tenho feito meditação bastante. Ioga... Eu leio muito sobre a espiritualidade humana, sobre o comportamento humano... Eu gosto muito. Cada vez que eu me conecto mais com essa pauta, mais feliz eu fico. Eu fico mais à vontade, com menos medo".
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