Damares pede investigação sobre vazamento de dados de menina de 10 anos
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, pediu hoje ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) uma investigação sobre o vazamento de dados da menina de 10 que foi estuprada e passou por um aborto autorizado pela Justiça no começo da semana. Um tio da vítima está preso suspeito de cometer o crime.
No ofício, Damares alega que a atitude de vazar os dados fere diretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código Penal Brasileiro. Por isso, pede que ministro André Mendonça dê o encaminhamento do caso à Polícia Federal, além de promover uma articulação com a Polícia Judiciária do Estado do Espírito Santo para o possível indiciamento dos responsáveis.
"Estamos trabalhando para garantir que todas as providências para o esclarecimento dos fatos sejam tomadas. Não iremos deixar nada passar com relação a esse triste caso", disse a ministra.
No último domingo (16), a militante de extrema-direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, publicou nas redes sociais informações sigilosas sobre a menina, como nome e em qual hospital ela realizaria a interrupção da gestação autorizada pela Justiça capixaba.
Na ocasião, ela incitou manifestantes contrários ao aborto a protestarem em frente ao hospital, o Cisam (Centro Integrado Amaury de Medeiros), no Recife. No domingo, dezenas de pessoas proferiram ofensas à criança e à sua família, e algumas tentaram forçar a entrada no local.
Desde que publicou os dados da menina, Sara Giromini teve seu perfil no YouTube derrubado pela plataforma, foi alvo de uma notícia-crime protocolada por deputados estaduais do DF e de um pedido de investigação no MPF (Ministério Público Federal). Uma petição online já reúne mais de 100 mil assinaturas pela abertura de um processo contra ela.
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