Mariana Goldfarb reflete sobre educação sexual: 'Sociedade hipócrita'

Após receber críticas por fazer uma publicação sobre masturbação feminina, Mariana Goldfarb desabafou sobre o ocorrido em suas redes sociais. A modelo, que é casada com Cauã Reymond, já havia protestado anteriormente por ter seu post deletado pelo próprio Instagram.

"Sobre o post que foi apagado, falando de masturbação feminina, é muito estranho... Porque a gente vive numa sociedade tão hipócrita, que é complicado falar sobre certos assuntos, né? Mas, tudo bem. Eu recebi um monte de mensagens, de críticas, dizendo que eu não podia falar sobre esses assuntos, porque crianças, adolescentes, me seguiam", explicou Mariana, por meio dos Stories.

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Ela ressaltou, ainda, a relevância de se falar sobre educação sexual: "Que bom que adolescentes estão por aqui. Educação sexual não é ensinar a fazer sexo. Educação sexual é ensinar como proteger, é ensinar que estupro é crime, é ensinar como se apropriar do próprio corpo, de entender o próprio corpo... Tem um monte de gente que nunca nem viu partes do próprio corpo, que acha feio, que tem nojo, que tem problema, que não gosta...".

Segundo Mariana, a proposta de sua postagem era dar luz a um assunto pouco abordado pela sociedade. "A educação sexual, na minha concepção, tem que vir desde cedo, para coisas como estupro, agressões, serem evitadas, entendeu? Foi isso que eu quis trazer com o meu post. E eu fico impressionada com o tamanho da ignorância que roda entorno esse assunto", comentou.

A modelo também refletiu sobre a importância dos pais conversarem sobre sexualidade com os filhos: "Minha família é uma família super aberta. Sempre tive uma conversa com os meus pais muito boa. Mas a gente não tocava nesse assunto. Isso, lá em casa, na minha família, era tabu. E aí a gente vai descobrindo um monte de coisas sozinha, e a gente passa por um monte de traumas, que poderiam ser evitados".

Para finalizar, Mari destacou que a pauta deveria ser ensinada tanto para os meninos quanto para as meninas. "E isso deve ser difícil para os meninos também, porque a gente ainda está em uma sociedade muito machista. E eles são criados achando que pornografia é normal, que é assim que trata mulher, que as mulheres são daquele jeito, que todos os corpos são daquela forma... E isso não é verdade", enfatizou

"A conversa e a educação servem justamente para ampliar esse olhar, e impedir para que a gente caia em armadilhas, tanto nós, meninas, quanto os meninos, que são educados desde pequenos dessa forma", completou a carioca.