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OnlyFans: quais são as regras do site com nudes em que Bella Thorne entrou?

Bella Thorne abriu conta no OnlyFans - Reprodução/Instagram
Bella Thorne abriu conta no OnlyFans Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa

22/08/2020 12h19

O anúncio da atriz Bella Thorne sobre o ingresso no OnlyFans derrubou a plataforma por alguns minutos e suscitou a curiosidade sobre o site. Afinal, quais são as regras de uma rede que autoriza nudes e conteúdo pornográfico pagos?

Universa acessou parte do material para entender as principais dúvidas dos usuários e o quanto o "pagar para ver" no mercado erótico - que tem aumentado o número de acessos durante a pandemia - tem encontrado espaço entre usuários no mundo todo, e no Brasil.

OnlyFans: entenda plataforma

Funcionando por assinaturas, o OnlyFans é uma plataforma recomendada apenas para maiores de 18 anos que, entre as regras, libera fotos e vídeos de nudez na troca de mensagens entre quem tem perfil e seus fãs (pessoas que pagam pacotes para ter acesso a esse conteúdo). Os únicos lugares em que é proibida a nudez são na foto do perfil e na imagem de topo da página.

O consumo de pornografia na pandemia tem aumentado, segundo dados do site PornHub. É nesta onda que o anúncio da entrada de Bella Thorne, que atuou na Disney, ganhou repercussão.

O OnlyFans pode ser vinculado a partir do login de outras redes sociais, como Twitter, Facebook e Instagram. O site tem 50 milhões de assinantes e aterrissou no Brasil ainda no primeiro semestre; mas, parte dele, como os termos e uso, sequer é traduzida para o português.

Abra a carteira

Para ter acesso às nudes pagas, o usuário deve cadastrar um cartão de crédito e, então, passar a seguir as contas das pessoas que publicam as fotos e os vídeos eróticos. Você ainda pode adicionar créditos em uma carteira virtual.

Entre as reações que os fãs podem ter estão curtidas, assinaturas, envio de gorjetas e mensagens escritas. As assinaturas de pacotes têm preços diferentes: Bella Thorne, por exemplo, tem assinatura mensal de 20 dólares, trimestral por 60 dólares e semestral por 102 dólares. No perfil da atriz, ainda há um link para o site de Amazon, em que os seguidores podem comprar itens selecionados por ela e presenteá-la.

No Instagram oficial, a OnlyFans diz que a proposta não é só ser base material pornográfico pois "se você é um designer gráfico, um produtor musical ou um chef que tem fãs que se inscreveriam para ver conteúdo", você pode se inscrever. De fato, há artistas, influenciadoras de maquiagem e de moda, além de personalidades fitness vendendo o peixe por lá.

Vale dizer que a pornografia e a indústria erótica na internet interferem na forma com que exercemos nossa vida sexual - além de, para alguns especialistas, reforçar cultura do estupro, estereótipos machistas, entre outros padrões comportamentais prejudiciais.

Segurança no conteúdo?

A OnlyFans, de acordo com os termos de uso e com as informações sobre direitos autorais publicadas no site, se preocupa com duas frentes de privacidade dos usuários: quando o conteúdo que foi pago "vaza" para sites de pesquisa ou outros endereços de hospedagem e quando o mesmo material é salvo pelo fã que, afinal, pagou por aquilo.

No primeiro caso, diz o site, quem se sentir violado pode encaminhar uma denúncia com as evidências para um e-mail. Já para o segundo caso, OnlyFans descreve que é proibido "reproduzir, distribuir, modificar (...), baixar, vender ou transmitir qualquer material do site, exceto quando os arquivos ficam no cachê do seu navegador ou quando o usuário imprime ou baixa parte das páginas para uso pessoal, sem intenção comercial e sem a licença para reproduzir, publicar ou distribuir" para outras pessoas.

A plataforma sugere que os produtores de conteúdo adicionem uma marca d'água em vídeos ou fotos como um "recurso de proteção de direitos autorais". Isso não impede que o material seja copiado, mas garante mais segurança caso ele caia na internet.