Reflexologia: técnica alivia estresse, equilibra energias e reforça saúde
Sabia que os pés podem ser indicadores de problemas no corpo? É o que prega a reflexologia podal, a mais conhecida das variações da técnica oriental da reflexologia, que promete uma série de benefícios para a saúde - física e mental -, a partir do estímulo de pontos específicos. É útil, inclusive, para reduzir o estresse e tem movimentos que podem ser feitos em casa.
Conforme explica Marcos Yshida, terapeuta do Kurma Spa, o corpo humano possui pontos reflexos em diferentes partes. A reflexologia nada mais é que é a aplicação de pressão em tais áreas reflexas - dos pés, das mãos, cabeça e orelhas. Pode ser executada com as mãos, dedos ou uma espécie de bastão (stick).
Apesar de haver variações, a técnica mais conhecida é reflexologia podal, já que os pés concentram os pontos mais fáceis de serem localizados e pressionados.
"Nos pés, existem 72 mil terminações nervosas e mais de 160 pontos que mostram o que está acontecendo com o corpo humano. Com apenas um toque nos pontos, podemos dizer onde está o problema do pacientes, seja uma dor de estômago, dores na lombar, problemas intestinais e assim por diante", comenta Fúlvia Médici, CEO da clínica Cozumel estética e bem-estar.
Reflexologia: para que serve
De acordo com Marcos, a reflexologia é bastante usada para tratamentos de doenças, estimulando o corpo a uma autocura. "Traz inúmeros benefícios para a saúde, proporcionando um reequilíbrio físico, mental e emocional", afirma.
O objetivo principal é promover um estado de relaxamento, estimular o bem-estar e fortalecer o sistema imunológico. A lista de benefícios contempla ainda a melhora da circulação sanguínea e linfática, o alívio de dores, estímulos para o sistema intestinal e equilíbrio de energias. Um dos melhores resultados é contra o estresse.
"O estresse causa desequilíbrio no sistema imunológico e afeta a saúde. O 'pegar no pé' de forma cuidadosa e amorosa cria uma sensação de conforto, acolhimento, bem-estar e alívio das tensões. Tanto que alguns clientes dormem já no início da sessão. A mente reconhece que está sendo cuidada e relaxa literalmente", relata.
Pressão no ponto correto
Não! A prática da reflexologia é uma combinação da pressão exata e da aplicação no ponto correto, podendo "sedá-los" ou "ativá-los", o que é definido na anamnese.
"Massagear é um ato de amor, cuidado com o outro. Além dos apertos, na preparação, são realizados deslizamentos para que o corpo entenda que será cuidado e, a partir daí, permita que se produza o reequilíbrio que necessita", defende o terapeuta.
Os pés contêm terminações nervosas e cada ponto reflexo tem um órgão correlacionado ou específico. As pontas dos dedos, por exemplo, representam áreas da cabeça. Assim, trabalhar esses pontos produz alívio dessas dores.
Alívio pode ser imediato
Segundo o terapeuta, a quantidade de sessões depende do quanto o cliente está em desequilíbrio. Os benefícios podem começar a aparecer já na primeira experiência, mas o efeito mais duradouro costuma exigir mais sessões.
"A reflexologia e as massagens, de uma forma geral, fazem parte de um estilo de vida. Assim como respiramos, comemos, nos hidratamos e nos exercitamos, receber reflexologia constante é fundamental para manter a harmonia física e emocional", argumenta o terapeuta.
Bom contra ansiedade
Em tempos de muita ansiedade, como o que vivemos agora, a técnica promete bons resultados. Como explica Marcos, ansiedade é um desequilíbrio, é viver uma situação futura (que ainda não aconteceu), imaginando o pior que pode acontecer.
"Ou seja, é algo criado pela mente. Então, ao aplicar a reflexologia, vamos harmonizar, reequilibrar esta energia, seja pela aplicação de 'apertos' com as mãos no pé, seja pelos deslizamentos, sedando e/ou ativando os pontos reflexos", esclarece.
A reflexologia é uma terapia com poucas contraindicações. "Tomamos um certo cuidado com as gestantes, diabéticos com pés machucados, pessoas que usam marcapasso, dermatite ou processos alérgicos, varizes expostas, trombose ou fraturas", pontua Fúlvia Médici.
Em casa ou no spa?
Segundo Marcos, a automassagem pode ser feita com frequência maior - duas vezes por semana, por exemplo. "Este autocuidado nos mantêm mais saudáveis - e é mais prático também. Porém, é necessário ser disciplinado", avisa.
Por sua vez, quando opta-se pela massagem em um spa, há todo o cuidado de um profissional que estudou e se especializou nas técnicas específicas.
"Além disso, existe toda uma preparação, sala aromatizada e higienizada, música relaxante, cuidados especiais", comenta o especialista.
Flúvia acrescenta que, para conhecer melhor os pontos que estão ligados aos órgãos, é aconselhável ter um mapa das plantas dos pés. "A partir daí, com o polegar, fazer uma massagem em círculos pequenos no mesmo ponto para aliviar a dor na região", sugere.
O uso de cremes e óleos depende do tipo de massagem que está sendo aplicada. "Gosto de trabalhar com o óleo de semente de uva com óleo essencial. Pode ser de lavanda, eucalipto, gerânio. Caso não tenha, serve azeite de oliva virgem. A ideia é que, se podemos ingerir, podemos fazer massagem", ensina Marcos Yshida.
Para fazer em casa
O terapeuta do Kurma Spa ensina uma automassagem nos pés que pode ser feita para amenizar situações corriqueiras, como ansiedade, estresse e dor de cabeça.
Prepare o local: separe uma cadeira, toalha, creme ou óleo e almofadas. Coloque músicas relaxantes para tocar - pode ser as suas preferida, desde que em um ritmo mais calmo. Desligue o celular.
Se for um momento em família, cada um deve ficar em um canto. Faça movimentos para os outros seguirem. Importante: mulheres devem começar pelo pé esquerdo e os homens, pelo direito.
- Sente-se confortavelmente, usando almofadas para se acomodar, se necessário
- Coloque uma perna sobre a outra
- Comece a sentir seu pé, toque, aperte com as mãos, onde está tenso ou onde dói. Sinta-o todo
- Depois, segure-o e gire no sentido horário e anti-horário. Faça cinco vezes para cada lado
- Coloque creme nas mãos e passe-as no pé
- Faça movimentos de deslizamentos com as mãos, do calcanhar até a ponta dos dedos. Repita cinco vezes
- Hora de friccionar a sola do pé: feche a mão, use os nós dos dedos para deslizar ao longo da sola. Repita, também, por cinco vezes
- Ainda com as mãos fechadas, use os nós dos dedos para pressionar, girando o punho contra a sola. Repita cinco vezes
- Depois, use o polegar e faça movimentos de deslizamento em cada um dos dedos do pé, de baixo para cima. O movimento no dedão pode ser feito duas vezes, como se existissem duas linhas verticais, uma mais interna e outra mais externa
- Termine com um apertão na ponta de cada dedo
- Com o polegar, aperte novamente toda a sola e onde sentir mais tensão
- Faça deslizamentos por todo o pé
- Gire o tornozelo novamente, nos sentidos horário e anti-horário
- Use a toalha para secar o pé
- Repita a sequência no outro pé
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