Você pensa que swing é troca de casais? Entenda mais sobre o assunto
"Para a maior parte da sociedade, swing é bagunça, liberalidade, orgia. Mas é bem mais do que isso, trata-se de um estilo de vida". É assim que Camila, 36, conhecida na internet como Dama de Espadas, define a prática sexual da qual é adepta, em que casais transam com outras pessoas. "A partir do momento em que você se torna swinger, tudo muda na sua vida. Não é só o sexo, é a forma de enxergar o seu relacionamento, de alcançar a liberdade", disse ao Podcast Sexoterapia, com a autoridade de quem lidera uma sociedade secreta que reúne mais de 40 mil praticantes de swing.
Isso significa, na prática, que swing tem muito mais a ver com controle e regras do que com o "liberou geral" que está no imaginário da maioria das pessoas, segundo a sexóloga Ana Canosa. "A característica do swing é fazer sexo com outras pessoas, na presença — ainda que distante — do parceiro", diz Ana. Ela concorda com a afirmação de Camila de que a prática muda a configuração do relacionamento conjugal, pois sai de uma proposta estritamente monogâmica para o que classifica como uma proposta "monogâmica controlada". "Esse modelo pode ser entendido como uma forma mais segura de lidar com o desejo do parceiro por outras pessoas", conclui.
É essa sensação de controle sobre o desejo do outro que difere o swing da relação aberta, na qual os parceiros saem com outras pessoas separadamente. Os praticantes de swing não necessariamente têm uma relação aberta. É o caso da Camila, por exemplo. "Eu me considero uma pessoa 100% liberal, mas o meu relacionamento jamais seria aberto, pois eu preciso estar presente, saber o que ele fala com aquelas pessoas, como ele se porta com aquelas pessoas", afirma.
Quantos parceiros a fantasia permitir
As pessoas às quais se refere podem ser um casal, um homem solteiro, uma mulher solteira, ou qualquer outro arranjo que a fantasia do casal permitir. O conceito que a maioria dos não praticantes têm do swing como sendo apenas uma troca de casais não é o que acontece na prática, segundo ela. "Você pode fazer swing com três, quatro, 10 pessoas", afirma.
Camila explica ainda que existe uma vertente no swing parecida com o relacionamento aberto, na qual os parceiros saem separadamente com outras pessoas e são conhecidos como cuckold e cukqueen. O homem que curte ver sua mulher transando com outro é chamado de cuckold, e a versão feminina é a cuckqueen. "Neste caso, o controle também está presente, pois o acordo envolve enviar vídeos ou fotos para o parceiro, para que, mesmo indiretamente, ele participe", explica Camila.
Para se aprofundar no universo do swing
- Programa "Swing não é bagunça", da TV Sexlog, apresentado pela Dama de Espadas
- Livro "Um Sábado no Paraíso do Swing - e outras reportagens", vários autores, editora Panda Books
- Livro "Sociedade Secreta do Sexo", Marcos Nogueira, editora Leya
- Perfil @ela.damadeespadas
- Apps para sexo a três Ysos e Feeld
Acompanhe o Sexoterapia
Swing é o tema do vigésimo sexto episódio do podcast Sexoterapia, que em sua quarta temporada vai mergulhar na história de uma única personagem.
Sexoterapia vai ao ar às sextas-feiras e está disponível no UOL, no Youtube de Universa e nas plataformas de podcasts, como Spotify, Apple Podcasts, no Castbox e Google Podcasts. A quarta temporada tem oito episódios.
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