Hoje tem! Solte a imaginação e aproveite a expectativa pelo sexo combinado

#Hojetem! Sabe aqueles dias em que você tem um encontro que promete ou já combinou uma noite quente com o parceiro ou parceira (sim, colocar sexo na agenda é uma ótima pedida para casais em relacionamentos longos) e passa o dia pensando em como o fim do dia pode ser cheio de orgasmos e satisfação?

A expectativa de viver momentos sensuais - com a ansiedade devidamente controlada, vale ressaltar - pode ser tão gostosa quanto o sexo e até mesmo contribuir para tornar a experiência ainda mais prazerosa. Sim, porque as preliminares não se resumem àqueles momentinhos logo antes da penetração...

Conheça seis benefícios da antecipação sexual:

1. Estimular a excitação e a lubrificação femininas

Diferentemente do que ocorre com os homens, a excitação feminina é mais demorada e depende de vários fatores - desejo, hormônios, nível de estresse, autoestima, etc. Enquanto para o parceiro ter a ereção é algo vapt-vupt, a mulher precisa de mais estímulos (físicos e emocionais) para entrar no clima e ficar lubrificada. Assim, passar o dia fantasiando sobre o que vai rolar logo mais - ou mesmo fantasiando livremente, ainda que não vá colocar tudo em prática - auxilia na excitação e o corpo responde com a lubrificação, facilitando o orgasmo. Estimular o cérebro a criar toda essa expectativa ajuda muito a chegar lá.

2. Gera prazer por si só

Imagine você pensando no look e no make para uma festa badalada ou preparando o roteiro da viagem de sonho que fará nas próximas férias? Isso já causa um frisson danado, não é mesmo? Com sexo, é o mesmo. Criar fantasias na cabeça é um aditivo sexual e tanto que arrepia a pele, aumenta a circulação, dá um friozinho na barriga delicioso. Usar os próprios pensamentos para autoestimulação antes da transa é um percurso que já vale a pena.

3. Agitar os hormônios que envolvem sexo

Pensar de manhã ou à tarde em cenas eróticas sobre o que pode acontecer à noite faz com que vários hormônios ligados à sexualidade entrem em ação: serotonina, endorfina, ocitocina... Essa atividade toda deixa o organismo muito mais predisposto às emoções por vir: o organismo começa a mandar mais sangue para as regiões genitais, aumentando a vasodilatação. Ao se perceber excitada, a tendência é que fique ainda mais. É uma espécie de circuito em que tudo está ligado.

4. Provar que o sexo começa na cabeça

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O cérebro não distingue realidade da imaginação. É por isso que o sexo ocorre também na mente e, quando você fantasia ouvindo uma música sexy ou se masturba lembrando de alguma experiência picante, pode alcançar sensações muito mais intensas do que com uma transa real. Assim, a antecipação faz com que se entre no clima muito antes de estar com alguém e o clima começar pra valer. Trata-se de uma técnica, inclusive, adotada por terapeutas sexuais em tratamentos de mulheres com baixa libido ou dificuldades de excitação e/ou lubrificação. É fundamental, no entanto, colocar toda a antecipação numa perspectiva realista, para que frustrações não aconteçam.

5. Aumentar a criatividade

Imaginar cenas (ainda mais com sabores e cheiros envolvidos) e se dedicar a fantasias como forma de antecipar o prazer sexual também é um modo de manter a criatividade sempre ativa, pois estimula a ver filmes, ler contos eróticos, xeretar sex shops online à caça de lançamentos.. Essa atitude enriquece o repertório erótico e abre a deixa para incrementar o sexo e a masturbação com novas possibilidades, aumentando, ainda, a chance de obter satisfação.

6. Renovar o tesão em relacionamentos longos

Quando o casal está junto há muito tempo, é comum que façam sexo de uma maneira morna, mecânica e até mesmo pulem etapas primordiais, como as preliminares e os beijos na boca. Apostar na força da antecipação sexual não só revive a excitação como leva a relação a (re)descobrir um aspecto lúdico do sexo. Como? Com mensagens picantes ao longo do dia, carícias ousadas fora de hora, um bilhete com conteúdo erótico "esquecido" em algum lugar e até encarar o sexo como um date, com direito a toda a preparação que um encontro envolve.

Fontes:

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  • Eduardo Perin, psiquiatra pela Unifesp e terapeuta sexual pelo Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade)
  • Lauren Souza, educadora sexual e sexóloga da INTT Cosméticos
  • Marina Vasconcellos, psicóloga e terapeuta familiar e de casal pela Unifesp
  • Marlon Mattedi, psicólogo especialista em sexualidade da plataforma Sexo Sem Dúvida
  • Yuri Busin, psicólogo e doutor em Neurociência do Comportamento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental), em São Paulo (SP)

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