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Ex-BBBs Boca Rosa e Marcela reclamam de 'terem de provar' bissexualidade

Bianca Andrade e Marcela Mc Gowan discutem sexualidade no programa online "Boca a Boca" - Reprodução/Instagram
Bianca Andrade e Marcela Mc Gowan discutem sexualidade no programa online 'Boca a Boca' Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o Universa, em Santos

08/09/2020 14h29

As ex-BBBs Bianca Andrade, a Boca Rosa, e Marcela Mc Gowan, reclamaram de serem cobradas constantemente de provar o fato de serem bissexuais.

No programa ao vivo de Bianca, o "Boca a Boca", transmitido ontem à noite pelo YouTube, a influenciadora e empresária disse que "sempre tem alguém para duvidar do que a gente é, do que a gente tem coragem de dizer que é".

"Há comentários que leio muito como, 'ela é bissexual, mas só namora homem', 'ela é bissexual só quando bebe'", reclamou Bianca.

Marcela concordou com o protesto de Bianca. "Foram anos de silêncio antes de eu abrir isso. As pessoas querem te calar. [Eles dizem que] se você fala sobre sexualidade, está querendo biscoito por causa disso. Que biscoito se é tão difícil [se assumir]? Senti na pele sendo profissional de saúde e tive de esconder. Isso porque é uma coisa muito difícil de verbalizar", disse a médica ginecologista e obstetra.

"O padrão da sociedade é heteronormativo: homem com mulher. Daí, as pessoas, para opor esse padrão, veem só a possibilidade de você se relacionar com um gênero ou com o outro. Você gostar dos dois gêneros, ser pan ou bissexual não entra na cabeça das pessoas. [Elas não entendem] essa fluidez, de o gênero não ser importante na hora de decidir."

Marcela diz, ainda, que ser bissexual não significa gostar 50% de homens e 50% de mulheres. "Depende do contexto. Não é uma matemática. Duvidar da sexualidade dos outros é bifobia. Se eu falei que sou bissexual, não preciso provar nada, ponto final", defendeu.

Bianca concordou. "Não é fácil para a gente dizer, 'essa é minha realidade, gosto de homens e mulheres'. Não foi fácil de chegar na minha mãe e dizer, 'estou apaixonada por uma mulher'", disse, pedindo empatia das pessoas que já a julgaram.