Domine o 'botãozinho': o que você precisa saber sobre o poderoso clitóris
"Conhecimento é poder" consiste em uma máxima que vale para tudo na vida, inclusive para o sexo. Quanto maior o conhecimento que você tem sobre um determinado assunto, mais empoderada se sente. Isso serve, principalmente, em relação ao sexo: ao entender como o seu próprio corpo funciona, você pode se relacionar melhor com o outro, identificar com propriedade quais estímulos prefere e, claro, saber o que a leva ao orgasmo.
O principal ponto de prazer feminino é o clitóris - que, aliás, também ostenta o título de único órgão humano com a função exclusiva de proporcionar prazer. São mais de 8 mil terminações nervosas e sensíveis. A parte visível - aquele "botãozinho" de carne onde os pequenos lábios se encontram - são, na verdade, a pontinha do iceberg. Há todo um território oculto que deve e merece ser explorado.
É importante salientar que não há estímulo no clitóris que provoque sensação intensa de prazer se você não estiver conectada com os pensamentos, as fantasias e os desejos. Ou seja, estimular o clitóris por estimular é até desconfortável se você não estiver ligada ao momento. Curiosa? Saiba, a seguir, quais são as partes mais preciosas do clitóris e como é possível extrair sensações deliciosas delas.
Crus clitóris
São dois corpos cavernosos que se unem e formam o corpo do clitóris. Eles descem como duas pontas, como se fossem duas raízes de uma única árvore, onde cada raiz desce mais ou menos pela lateral da vulva. Ou seja, uma raiz de cada lado. Para identificar a posição aproximada, basta observar os grandes lábios: ali, por baixo da pele deles, estão os crus clitóris.
Faça um sinal de 'V' com a sua mão. Depois, desça os seus dedos, com um dedo sobre um grande lábio e o outro dedo sobre o outro grande lábio, e pressione um pouco contra o corpo. Essa é a maneira ideal de estimular os crus clitóris, deslizando a mão. É possível aproveitar a própria lubrificação natural para deslizar os dedos.
Bulbos do vestíbulo
É uma parte que também fica escondida debaixo da pele. Na verdade, é como se fossem duas 'bolsas', uma de cada lado da entrada da vagina. O bulbo fica entre a vagina e o clitóris. Essas duas bolsas são eréteis e se enchem de sangue e incham quando a mulher está excitada. A introdução de um dedo, do pênis ou de um sex toy, sem passar dos três primeiros centímetros da vagina, produz a dilatação das suas paredes iniciais. Essa dilatação lateral vai empurrar para o lado a pele e, com isso, os bulbos se deslocam levemente e causam uma sensação prazerosa que também ativam os crus clitóris.
Movimentos circulares suaves são os indicados, pois o segredo está no toque certo, e não na força utilizada. O parceiro pode estimular essa região ao espalhar lubrificante ou um óleo de coco aquecido subindo do períneo até a vulva, usando depois os polegares e os indicadores em formato de pinça para massagear os grandes lábios. A massagem deve ser feita de baixo para cima, sempre pinçando, repetindo as manobras continuamente.
Corpo cavernoso
Fica no espaço intermediário entre a glande e os crus clitóris. Quando há estímulo nos crus clitóris, os sinais são percebidos pelo corpo cavernoso e se conectarão com a glande do clitóris. Embora o clitóris seja dividido em partes para ser estudado, não há como estimular uma área sem passar pela outra. É tudo interligado. Dessa forma, qualquer pressão com os dedos ou com a língua acaba gerando estímulos indiretos também no corpo cavernoso.
Glande
É a "cabecinha" do clitóris, a região visível, e deve ser a última parte a ser estimulada, justamente por ser a mais sensível. Toques diretos sobre a glande nem sempre são indicados. Enquanto ele não estiver bem inchado e gorducho, qualquer manipulação pode ser desconfortável e até dolorida para a mulher. O ideal é deixar essa cabecinha para o final, depois que as outras partes estiverem bem irrigadas de sangue e, portanto, sinalizando um ponto alto de excitação.
Importante: movimentos em círculo em volta da glande do clitóris em vez de apertá-lo tende a ser mais gostoso do que o toque diretamente sobre ele. Os movimentos devem ser contínuos e com a mesma pressão suave, para que a excitação seja constante. Para facilitar o deslize com o dedo, um lubrificante à base de água é recomendado, seja na masturbação ou no sexo com o par.
Fontes: Carla Cecarello, psicóloga e sexóloga; Danni Cardillo, sexóloga; e Marlon Mattedi, psicólogo especialista em sexualidade
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Quero receber*Com matéria publicada em 12/09/2020
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