Batom de Michelle Obama, bota de Jill Biden: moda incentiva o voto nos EUA
As eleições presidenciais dos Estados Unidos estão se aproximando e, em dois meses, norte-americanos devem decidir se o republicano Donald Trump continua no cargo ou se caberá ao democrata Joe Biden assumir o posto — mas, por lá, além de convencer eleitores a escolher um dos únicos dois partidos, candidatos têm um desafio ainda maior: convencê-los a votar, já que o voto não é obrigatório no país.
Nesta semana, a campanha pelo voto ganhou especial destaque em itens de moda e beleza: no batom vermelho da ex-primeira-dama democrata Michelle Obama e nas botas da candidata a futura primeira-dama do mesmo partido, Jill Biden.
Enquanto Jill chegou à cidade de Wilmington, em Delaware, para fazer campanha com Joe Biden usando uma bota de cano alto com a palavra "vote" estampada na parte de trás — criada pelo estilista Stuart Weitzman, há apenas outras 99 unidades semelhantes no mundo, diga-se de passagem —, Michelle criou um batom vermelhão para a The LipBar que vai reverter todo o lucro das vendas para a organização When We All Vote, que incentiva jovens a se registrarem como eleitores.
No mês passado, Michelle Obama surgiu na Convenção Nacional Democrata usando um colar dourado com a palavra "vote" — e as vendas dispararam, mesmo que o valo da peça superasse R$ 1,5 mil. Segundo a dona da marca BYCHARI, foram mais de 2 mil encomendas em 12 horas.
A stylist de Michelle Obama, Meredith Koop, afirmou à CNN que o colar não era apenas um acessório, mas a peça central do look: "Todas as opções de roupas que eu ofereci foram construídas ao redor do colar. Quando eu encomendei, eu sabia que precisava ser a peça central."
Essa não é a primeira vez que itens tidos como tipicamente femininos, como sapatos e maquiagens, ganham novo significado para incentivar e até valorizar a participação das mulheres na vida política dos Estados Unidos.
A congressista Alexandria Ocasio-Cortez já foi criticada e até chamada de "vadia" por sua aparência, mas acabou convidada para gravar um tutorial de maquiagem para a Vogue norte-americana, mostrando como usa sua marca registrada, o batom vermelho. Ao veículo, ela disse: "O motivo pelo qual eu acho que é tão importante compartilhar essas coisas é que, em primeiro lugar, a feminilidade tem poder, e na política tem tantas críticas e comentários sobre como mulheres e pessoas femininas se apresentam."
Em janeiro de 2019, quando um número recorde de parlamentares democratas, especialmente mulheres jovens, tomou posse, jornais chamaram atenção para a nova estética que surgia nos corredores do Congresso norte-americano, com unhas pintadas de preto, hijabs, turbantes coloridos e tranças, nos visuais de Ocasio-Cortez, Ilhan Omar e Ayanna Pressley.
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