Atriz brasileira de 'Mulher-Maravilha' diz que foi vítima de tráfico sexual
A. Maia, a atriz, modelo e cantora brasileira que atuou em "Mulher-Maravilha" e na peça "Roda Viva", de Chico Buarque, contou que foi vítima de tráfico sexual quando tinha acabado de completar 18 anos de idade.
Maia, que é transgênero, disse à Vogue que vivia em uma "realidade de muita pobreza e nenhum apoio" quando chegou o convite para se apresentar como drag queen em boates na Europa. Quando chegou em Londres, no entanto, ela descobriu que tinha sido enganada.
Os bandidos "pegaram o seu passaporte e a coagiram a fazer tudo o que eles queriam". Maia só conseguiu escapar três meses depois, quando a própria gangue a colocou em um avião de volta para o Brasil, "apenas com a roupa do corpo".
"Eu não tinha para onde correr, esse direito da escolha me foi tirado. Esta é uma das cicatrizes mais dolorosas que trago no meu corpo", definiu.
Volta por cima
Uma vez que retornou para o Brasil, ela tentou se reerguer através do trabalho. Além de "Mulher-Maravilha" e "Roda Viva", apareceu na série da HBO "Todxs Nós", em um clipe da cantora Fergie, e desfilou para marcas como a Missoni.
"Tive de correr atrás", ressaltou. "Recebi mais 'não' do que sim até pegar minha primeira campanha. Dois anos antes do meu primeiro contrato internacional eu me dividia entre três empregos em Milão. Quando consegui, não conseguia conter a alegria".
Apesar da dificuldade em achar emprego, ela confessou que recusa certos papéis estereotipados oferecidos à atrizes trans. "A travesti barraqueira, a puta marginalizada, a que precisa esconder que é trans para se encaixar na sociedade. Cresci vendo caricaturas na TV com as quais nunca me identifiquei", disse.
A mais nova aposta é na música. Maia lançou, em agosto, o seu single de estreia como cantora, intitulado "Pra Dá Dolce Bacana".
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