Anitta já tentou: o que levar em conta antes de participar de um trisal?
Anitta não perde tempo: ao participar de um desafio no canal Desimpedidos, com o youtuber Fred, a cantora revelou já ter feito parte de um trisal. Ela confessou que gostaria de ter um relacionamento aberto, mas que não encontra no Brasil alguém que aceite o formato. No entanto, em uma de suas viagens, conheceu um alemão através do Tinder que topou fazer parte de um trisal. "Conheci o amigo dele, falei que era muito gato e sugeri de a gente namorar os três. Eles toparam!", disse. Ela contou que os três iam a restaurantes juntos e as pessoas ao redor ficavam sem entender. Disse também que mantém um grupo com os dois rapazes no Whatsapp até hoje.
Para muita gente, ainda é difícil compreender o formato de relacionamento a três. Outros têm curiosidade, mas evitam a ideia por medo. A seguir, Jéssica Siqueira, psicóloga especializada em sexualidade e colaboradora da plataforma Sexo sem Dúvida, explica três pontos importantes sobre este tipo de relação:
Não é o mesmo que ménage
O ménage a trois é uma experiência somente sexual, enquanto a formação de um trisal envolve toda a configuração de um relacionamento amoroso, porém adaptado aos envolvidos. "Um não é determinante do outro. Quem pratica o sexo a três não vai, necessariamente, ser chamado de trisal", explica. Para se encaixar no termo, é preciso que as partes estejam de acordo e que exista carinho, respeito e vontade de pertencer ao relacionamento.
Não é tão simples quanto parece
Para alguns pode parecer a resolução de muitos problemas. No entanto, para que a relação funcione de verdade, é preciso diálogo. "Os limites e acordos precisam ser bem estabelecidos e respeitados, como em qualquer outro envolvimento", aponta. Um trisal pode ser, por exemplo, aberto ou fechado. Ou seja, as pessoas precisam acordar se preferem que as experiências sexuais sejam somente entre si, se podem ampliá-las para que outros participem ou se cada um é livre para vivenciá-las da forma como achar melhor. Os sentimentos e as vontades de todos devem ser levados em conta igualmente para que seja um envolvimento saudável.
Muita gente vai olhar torto
Anitta se divertia com a reação das pessoas nos espaços públicos, mas há quem não encare a situação com tanto bom humor. "Ainda vivemos em uma sociedade que valoriza a monogamia e que coloca este tipo de relação como o único possível. Tudo o que foge a este padrão ainda é condenado", alerta Jéssica. A especialista, no entanto, não acredita que este deva ser um impeditivo para que cada um experimente seus desejos e viva o amor de forma respeitosa e saudável. "Precisamos discutir e refletir sobre as novas configurações de envolvimentos para desmistificar cada vez mais o que permeia esses formatos", opina.
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