Preta Gil diz se arrepender de lipo: 'Hoje, amaria a barriga gordinha'
Preta Gil diz que se arrepende das quatro lipoaspirações que fez para, segundo ela, se enquadrar em um perfil de beleza. Ela afirma que, hoje, depois de aprender a aceitar seu corpo, "amaria a barriga gordinha".
Em um bate-papo com Angélica, Grazi Massafera e Juliana Paes no podcast "Simples Assim", Preta disse que, depois de lançar seu primeiro disco, "Prêt-à Porter", em cuja capa posou nua, sofreu ataques machistas e gordofóbicos. Ela decidiu, então, passar pelas cirurgias com o intuito de fazer cessarem as críticas, mas hoje se arrepende.
"Quando você pega o fio da meada do amor próprio, é um caminho sem volta. E é aí que você vai arrastando outras [mulheres]: 'se ame, se liberte'. Eu entendi que aquelas lipoaspirações foram uma mutilação do meu corpo. Não precisava ter feito aquilo para agradar", disse.
"Hoje, tenho sequelas. Tenho quelóides. Tenho uma 'barriga de lipo' que acho feia quando faço fotos. Seria o máximo a minha barriga gordinha para o que eu penso hoje. Não amo a minha barriga de lipo", afirmou.
Juliana Paes disse que também adquiriu autoestima com o passar do tempo. "Eu gosto do conjunto da obra [do corpo] e vou muito na linha do que a Preta diz. A gente que vive nessa área há tantos anos vê a beleza indo embora no espelho, se esvaziando um pouco. Você vê as rugas e as manchas chegando, mas, em compensação, vem outra coisa no lugar, que é um olhar de amor próprio que a maturidade te dá".
Grazi, por sua vez, lembra que, quando competia em concursos de beleza na adolescência, usava preenchimentos na roupa, feitos pela mãe, Cleuza Soares, para parecer ter mais corpo.
"Sempre fui muito magricela e agora ganhei corpo. Eu usava ombreira nos seios, que minha mãe, que é costureira, fazia em casa. O padrão era a 'gostosona', e agora mudou tudo de novo'".
Ela afirma que sofreu também com o estereótipo de "loira burra" reforçado pela canção do rapper Gabriel, o Pensador.
"Isso era um hino para me desestabilizar no vôlei, que joguei durante anos. As próprias meninas [cantavam]."
"É como se fosse altamente aceitável a mulher falar mal uma da outra", comentou Ju Paes.
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