Casal que conheceu jovem pelo Tinder é denunciado por estupro de vulnerável
O Ministério Público do Estado de São Paulo apresentou uma denúncia contra o casal suspeito de enganar e estuprar uma estudante de 21 anos após um encontro marcado pelo Tinder em Santos (SP), no final de agosto. Os suspeitos, uma mulher de 20 anos e seu namorado, um empresário de 32, foram denunciados por estupro de vulnerável com agravante de concurso de agentes, quando duas ou mais pessoas praticam o crime.
Ao UOL, o advogado da estudante, Adriano Neves Lopes, contou que a denúncia é um avanço para que a justiça seja feita.
"Enxergo com muita satisfação esse passo do Ministério Público, que irá apurar o crime. Esperamos que no futuro eles possam ser condenados pelos danos causados, uma vez que a vítima segue em tratamento por conta do que passou, inclusive tendo crise essa semana com o caso da Mari Ferrer", conta.
Em nota, a defesa dos acusados, representada pelo advogado Raphael Meirelles de Paula Alcedo, afirma que recebe o oferecimento da denúncia com surpresa por ainda não ter acontecido o indiciamento e existirem laudos pendentes.
Ele destaca que "de qualquer forma, provará a inocência, pois não houve crime praticado, tendo em vista que os laudos e os elementos constante nos autos corroboram a versão da defesa".
O caso
Conforme versão apresentada pela estudante, ela e a suspeita teriam se conhecido pelo aplicativo de relacionamento Tinder, em meados de agosto e combinado um encontro no apartamento da garota, que alegava estar sozinha.
Enquanto ingeriam bebidas alcoólicas, a moradora teria informado que seu namorado estava no cômodo vizinho e gostaria de ver uma relação sexual entre elas. Diante da negativa da estudante, o casal teria praticado o estupro.
Na denúncia foram anexadas diversas fotos mostrando hematomas e mordidas nas coxas e seios da estudante, apontadas como 'lesões leves' no laudo de corpo de delito.
Ainda não foi divulgado o resultado do laudo toxicológico e o da roupa que ela usava no dia do suposto crime, que pode conter material genético do acusado.
O pedido do Ministério Público foi encaminhado para a 6ª Vara Criminal de Santos e será analisado por um juiz antes que os dois se tornem réus. O caso corre em segredo de justiça e, se condenado, o casal poderá pegar até 15 anos de reclusão.
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