Anjo precisa de convite para atuar em nossas vidas, diz terapeuta holístico
Ter a proteção de anjos e arcanjos, guiando caminhos e agindo em benefício alheio, não é algo que alguém costuma recusar. Mas para que isso aconteça é preciso que os seres divinos sejam convidados e autorizados a atuarem no plano dos humanos, sabia? Isso por conta do livre-arbítrio que as pessoas têm.
Para começo de conversa, é bom explicar a diferença entre anjos e arcanjos. "Anjos são mistérios divinos criados e enviados por Deus para cumprir seus papéis designados. Arcanjos são forças angélicas superiores em hierarquia", diz o terapeuta holístico e astrólogo Thiago Anselmo, que estuda o universo angelical há mais de 20 anos e dá cursos sobre o assunto.
Anjos por perto são sempre para proteger?
A atuação dos anjos pode envolver vários aspectos, mas costuma estar relacionada com proteção, intuição, tranquilidade, fé, confiança, entre outros benesses. Além disso, o terapeuta conta que há anjos com funções específicas. Assim, uma pessoa pode pedir ajuda de um ser cuja vibração e atuação têm mais a ver com o campo em que ela precisa de auxílio.
"Arcanjo Rafael e a legião de anjos dele são muito adequados para trabalhar saúde, cura e prosperidade financeira. Já o arcanjo Miguel e sua legião de anjos atuam de maneira muito boa para proteção, determinação, ordem e justiça", exemplifica Thiago.
O convite para anjos e arcanjos
Tanto anjos quanto arcanjos precisam ser convidados e receber permissão para atuarem na vida das pessoas. "Isso ocorre pois o ser humano possui a dádiva do livre-arbítrio e, desta forma, cabe a cada um decidir como vai direcionar a própria vida, assim como validar se, nesse direcionamento, estão inclusos a atuação e o auxílio dos anjos de Deus", explica.
Considerando a obra literária do médium e escritor Rubens Saraceni, Thiago pontua que os anjos vivem no "plano celestial da criação". É por isso que, para entrar na dimensão humana, necessitam da evocação e autorização de uma pessoa.
"Anjos são, por natureza, seres passivos, ou seja, a sua função vibratória emana constantemente de seu ser, mas só atua na vida de alguém se esse alguém autoriza e solicita", acrescenta o estudioso.
Como deve ser feito
A forma de convidar e fazer essa evocação não exige estudos avançados, tampouco iniciação, segundo Thiago. "O convite e evocação são feitos através de um comando ou pedido mental, podendo ser verbalizado ou não. Basta uma oração simples, ou uma meditação ou até mesmo algum ritual, caso a pessoa se sinta à vontade para fazer isso", ensina.
Se a opção for ritualizar o contato, podem ser utilizadas velas brancas, além de cristais brancos - de preferência a selenita -, água pura potável e flor também na cor branca. "É recomendado usar roupas claras e confortáveis e não consumir bebidas alcoólicas e alimentos muito pesados antes de qualquer evocação a anjos", avisa o terapeuta holístico.
A evocação e convite podem ser tanto para um anjo ou arcanjo específico quanto para um grupo. "Se um arcanjo possui uma legião de anjos sob seu comando, nada impede de a pessoa evocar este grupo evangélico por alguma oração ou ritual", pontua.
Depois de invocado, para saber se o anjo está próximo ou atuando na vida da pessoa, a melhor forma para isso é alcançar tranquilidade mental, por meio de respiração e meditação. "Através das percepções extrassensoriais, como a intuição, a sinestesia, a clarividência ou a clariaudiência, é possível sentir quando a evocação está em andamento e surtindo efeito", afirma Thiago.
A diferença de anjos e arcanjos
Como explica o estudioso, anjos e arcanjos podem ser classificados, segundo a igreja católica apostólica romana, como classes evangélicas pertencentes à terceira esfera angelical.
"Na esfera 3, estão os principados, que transmitem as ordens superiores para os planos inferiores e auxiliam reis e sacerdotes; os arcanjos, intermediários entre o Criador e a criação e chefes de hierarquias angélicas; e anjos, mais próximos ao reino humano, que atuam na sustentação e proteção das dimensões que interagem e sustentam com amor celestial", resume.
Além do mais, na esfera 1 estão os serafins (com a missão de inflamar anjos para cumprimento de suas funções), querubins (plenos na sabedoria e nas ciências) e tronos (anjos anciões, símbolos da autoridade divina e da humildade), enquanto a esfera 2 inclui: dominações (reguladores das atividades celestiais, que fazem a integração entre os mundos materiais e espirituais), virtudes (orientam pessoas sobre a missão delas, removem obstáculos etc.) e potestades (anjos guerreiros que espalham a ordem divina e guardam a consciência da humanidade).
Anjo da guarda existe?
Segundo Thiago Anselmo, anjo da guarda é um conceito divino de longa data, muito antes do catolicismo. Trata-se de uma força divina que guarda cada ser humano. "No zoroastrismo, os anjos são chamados de fravashi. Os gregos tinham o mesmo conceito, mas com o nome de daemon", comenta.
O estudioso acrescenta que, de acordo com a bíblia, anjos da guarda são seres enviados por Deus, com a responsabilidade de proteger os humanos. "Entende-se que é uma força divina que está ali à disposição de cada um, independentemente da linha teológica ou religiosa, guardando, podendo estar mais próximo, caso a pessoa queira".
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