Jovem é morta, e companheiro é preso assinando certidão de óbito da mulher
O ajudante de motorista identificado como R.B., de 24 anos, foi preso em flagrante suspeito de matar a companheira Juliana Ferraz Nascimento, de 23, estrangulada durante uma briga do casal na madrugada de ontem em Jundiaí (SP), cidade a cerca de 60 km de São Paulo.
O suspeito teria dito à família e à polícia que a mulher morreu depois de sofrer uma queda no banheiro. Ele foi preso horas depois do crime, enquanto assinava os documentos de óbito da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito teria dito que Juliana foi encontrada sem vida no banheiro da residência do casal, na Vila Cidadania. O ajudante de motorista teria relatado que ao acordar durante a madrugada, por volta das 4h30, não encontrou a mulher no quarto, percebeu que o chuveiro estava ligado e escorria água por baixo da porta do banheiro.
Como o banheiro estava trancado, R. então teria chamado pela mulher; sem resposta ligou para o cunhado, irmão de Juliana. Os dois arrombaram a porta do cômodo e encontraram a jovem caída. O Samu (Serviço Móvel de Urgência) foi chamado e constatou que Juliana estava sem vida.
Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito teria dito que, na noite de sábado, o casal estava em uma chácara comemorando o aniversário de um familiar do suspeito, onde os dois teriam consumido bebidas alcoólica. Ao chegar em casa, segundo o ajudante de motorista, ele foi dormir enquanto Juliana tomava banho. Ele teria sentido a ausência da mulher durante a madrugada.
O corpo de Juliana foi levado ao IML (Instituto Médico Legal), onde os peritos constataram lesões de estrangulamento no pescoço da jovem, além de marcas que podem ser de lesões anteriores — o que pode indicar que a jovem seria vítima de violência doméstica.
Como o resultado do laudo tinha divergências com a versão do marido, a polícia foi até o cemitério da cidade, onde encontrou o suspeito. Ele fazia a documentação do óbito da mulher quando foi preso em flagrante.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), o caso foi registrado como violência doméstica, feminicídio e fraude processual.
O suspeito foi levado para a cadeia de Campo Limpo Paulista, onde aguarda decisão judicial. Universa não conseguiu informações sobre a defesa do suspeito e por isso não conseguiu contato.
A reportagem tentou contato com a família da vítima por mensagens, mas não obteve retorno até esta publicação.
Juliana foi velada na manhã de hoje no velório Parque dos Ipês, e sepultada no cemitério do mesmo local.
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