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RJ: ação prende 22 suspeitos de violência doméstica e devedores de pensão

Imagem ilustrativa; 14 Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAM) participam da operação de hoje - iStock
Imagem ilustrativa; 14 Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAM) participam da operação de hoje Imagem: iStock

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

09/12/2020 09h12Atualizada em 09/12/2020 11h05

A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã de hoje, 22 suspeitos de violência doméstica e cumpriu também mandados de prisão por débito de pensão alimentícia. A ação envolve 14 Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAM) do Rio e continua em andamento.

Chamada de "Nome da Mãe", a apuração ocorre em alusão aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, informou a corporação.

"Essa medida, além do caráter pedagógico, tem a finalidade de chamar a atenção para outra forma de violência, que é a paternidade irresponsável, que sobrecarrega a mulher que precisa trabalhar e prover o lar sozinha", disse a diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher, Sandra Ornellas, em nota divulgada pela Civil.

Durante a operação de hoje, Ornellas destacou a prisão de dois homens. Um deles tinha mandado de prisão por dois estupros ocorridos em Paquetá — uma ilha próxima à capital fluminense. "Comunidade muito pequena que desconfiava do autor e realmente ficou comprovado ser ele. Ele acabou de ser preso em Maricá [cidade da região metropolitana]".

O segundo caso refere-se a um homem que tinha oito registros de ocorrência por violência doméstica. "Eram três vítimas e oito registros. Ele estava com mandado de prisão, só que morava em uma comunidade que vinha sendo monitorada, e conseguiram no dia de hoje fazer a prisão desse indivíduo. Esperaram que ele saísse da comunidade para que fosse efetuada a prisão", disse a diretora de Polícia de Atendimento à Mulher.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), em 2019, havia no Brasil 5,5 milhões de crianças sem pais declarados nos registros de nascimento.

"A irresponsabilidade paternal faz com que a mulher acabe tendo que arcar sozinha com a responsabilidade relacionada aos filhos", enfatizou Ornellas.

A ação acontece em todo o estado do Rio de Janeiro.