7 dicas que amamos para desfilar pés lindos e saudáveis durante o verão
Andar descalça é uma delícia. Mas a pele dos pés se ressente. Fácil, fácil, a pele fica áspera, seca, esbranquiçada. E justamente na hora em que você quer vestir nada mais do que rasteirinhas e sandálias, vem o drama. "Muitas vezes os pés ficam fora da rotina de cuidados", alerta o dermatologista Victor Bechara, de São Paulo. "A área tem pele mais espessa, devido à maior camada córnea, à ausência glândulas sebáceas e ao pH levemente menos ácido que outras áreas do corpo."
Dessa forma, eles ficam mais resistentes a fatores externos, mas têm maior propensão a desidratação e alterações como rachaduras, infecções bacterianas e fúngicas. A boa notícia? "Esses problemas podem ser combatidos com práticas baratas e simples de serem feitas em casa", diz Regislaine Miquelin, dermatologista em São José do Rio Preto (SP), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Como lidar? Os experts ensinam. .
1. Lave todo dia, é sério
Os pés devem ser lavados duas vezes por dia, com água morna e sabonete neutro e suave - e bem secos depois do banho. "Buchas, escovas e esponjas devem ser completamente higienizadas e secas logo após o uso e trocadas mensalmente, para evitar que se tornem focos de micróbios", fala a dermatologista Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O produto ideal para região deve ter ação de limpeza e hidratante.
2. Esfolie com amor
A esfoliação remove as células mortas e aumenta o efeito dos hidratantes, fazendo os ativos penetrarem melhor na pele. "Para os calcanhares, a recomendação é esfoliar no máximo uma vez por semana, sem exagerar na força", diz Kédima. E todo cuidado é pouco na hora de lixar: esse hábito pode provocar rachaduras e facilitar a entrada de microrganismos. "A pele dos pés tende a apresentar maior espessamento, além de rachaduras e descamação. É fundamental usar produtos com ácido salicílico para ajudar a deixar a pele mais fininha e lisa. No entanto, assim como a lixa, esses produtos devem ser usados com cautela para não deixar a pele muito desprotegida", fala Victor.
3. Hidrate muito
As solas dos pés são áreas naturalmente mais secas por causa do atrito que sofrem no dia a dia. "O ressecamento acontece pela falta de hidratação na área e as rachaduras nada mais são do que consequências desse processo, que ocorre com a pressão e o peso do corpo exercidos sobre os pés em atividades cotidianas, como uma simples caminhada", explica Regislaine.
Além disso, andar descalço ou com salto alto por longos períodos, usar muitos sapatos abertos e tomar banhos muito quentes são situações que tendem a estimular o ressecamento dos pés. Por isso, hidratar é preciso. E com ativos power. "Costumo sugerir produtos à base de ureia, alantoina, aloe vera, óleo da amêndoas ou semente de uva, lactato de amônia ou pantenol", sugere Victor.
4. Fuja das micoses
A temperatura e a umidade dos pés favorecem o aparecimento das micoses. Por isso, no chuveiro do clube ou da academia, vista o chinelo. Além disso, tenha seu próprio kit de pedicure e peça à sua manicure para usar lixas e palitos descartáveis, além de instrumentos de metal esterilizados.
Além disso, sempre seque bem os pés (vale inclusive usar o secador de cabelo para livrar o meio dos dedos da umidade. "As micoses surgem nos pés com grande frequência devido ao contato maior com o chão. Além disso, o uso de sapatos fechados, suor em excesso e umidade pode induzir à proliferação destes microrganismos", avisa Victor. O uso de polvilho antisséptico pode ajudar na absorção de suor. Outra dica? Sempre que possível, mantenha o chão frio de locais como banheiro e cozinha desinfetados como hipoclorito de sódio.
5. Chulé, para que ter?
A bromidrose - o famoso chulé - é caracterizada pelo odor desagradável associado, normalmente, a suor local. É mais comum na adolescência, por conta de alterações hormonais. "Alguns alimentos, como carne vermelha, quando consumidos em excesso, também podem levar à alteração da flora bacteriana local. Sapatos fechados ou meias sintéticas também propiciam a proliferação fúngica", diz Victor. O que fazer? Investir em sapatos mais abertos e meias de algodão, polvilho antisséptico, pomadas à base de antibióticos e higiene local caprichada.
6. Deixe as cutículas em paz
Elas funcionam como uma barreira que impede a entrada de microrganismos pelas unhas dos pés. "O ideal é hidratar as cutículas com frequência e não removê-las. Orienta-se a cortar o excesso de pele local com tesoura delicadamente e usar uma espátula própria para empurrar o excesso de pele", indica Victor. Quanto às unhas, recomenda-se cortar as unhas dos pés a cada 15 dias, evitando que cresçam demais a ponto de acumular resíduos ou que fiquem muito curtas e apresentem mais risco de encravar. Adote o formato reto, nunca arredonde muito os cantinhos.
7. Escalde e relaxe
Se quiser relaxar, vale a pena usar produtinhos em casa para escalda-pés após longos períodos de sapatos apertados ou saltos. "Você pode usar sal grosso, água morna e um óleo essencial que goste para relaxar", indica Regislaine.
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