Mãe de Fiuk fala do filho: "Ensinei a jamais levantar a mão para mulher"
Artista plástica com obras já expostas na Itália, mas completamente avessa aos holofotes, Cristina Kartalian, 62 anos, viu seu nome virar assunto nas redes sociais na semana que passou. Tudo porque os fãs de Big Brother Brasil descobriram que ela - e não a Gloria Pires - é a mãe do ator Fiuk. O pai do atual concorrente do BBB, o cantor Fabio Jr, foi casado com Cristina entre 1986 e 1990. A confusão se deu porque Gloria é mãe da atriz Cleo Pires com o cantor, e as duas chegaram a gravar vídeos em que explicam a situação.
Em conversa com Universa, Cristina conta se divertiu com a situação, mas fez também um desabafo.
O que me aborreceu nessa história foi terem falado 'que bom que a Gloria não é mãe do Fiuk'. Isso achei baixo, desrespeitoso. Sou uma mãe como qualquer outra
Com os parentescos devidamente devidamente esclarecidos, Cristina agora tenta entender os motivos dos ataques a Fiuk. Se antes ele era apontado como favorito, em questão de poucos dias parte do público do BBB pede sua eliminação. Fiuk, segundo comentários nas redes sociais, tem chorado demais e parece falso, e se desentendeu com participantes queridas no programa, como Juliette e Carla Diaz.
Até a irmã, Cleo, postou em sua rede que não concorda com a forma com que ele tratou Juliette, mas Cristina prefere se abster de fazer comentários negativos. "Como mãe, não vou apontar defeitos do meu filho publicamente", avisa.
"Filipe é o único que está sendo autêntico"
Fã de BBB desde a primeira edição, Cristina conta que apoiou a participação do filho caçula desde a edição passada, quando ele foi convidado para participar do reality, mas não pode aceitar por conta de outros compromissos. Com a confirmação de seu nome para esta edição, disse que fez uma oração com ele, e pediu para o filho ser leve e não entrar em pilhas.
"E para ser o que ele é, porque se fizer alguma coisa que não é dele, não tem como esconder, então com qualidades e defeitos ele está sendo verdadeiro", garante. Na avaliação dela, Fiuk - que Cristina prefere chamar pelo nome de batismo, Filipe - está sendo um bode expiatório.
Até agora Filipe não ofendeu ninguém, nem gritou. Não fez nada que você pudesse apontar e falar que está errado. Ele olhar para a menina e falar que ela foi irônica é uma coisa que no dia a dia você faz. O Filipe é o único que está sendo autêntico. As pessoas não estão agindo naturalmente e ele virou o bode expiatório do programa
"E ele não interrompeu a Carla. A hiperatividade dele faz com que ele queira completar o raciocínio quando está falando. Ele quer acabar para a pessoa falar, e aí vira machismo."
"Nunca quis que meu filho vivesse em uma bolha"
Além de ter tomado conselhos com a mãe, Fiuk procurou duas historiadoras para aprender sobre racismo e feminismo, e assim levar para casa um discurso que tivesse relevância. Cristina conta que o filho sempre teve interesse por assuntos diversos, de filosofia a mecânica, e não vê problema dele ter ido atrás de mais conhecimento.
"Nunca quis que ele vivesse numa bolha. Ensinei aos meus filhos que dinheiro é algo que vem e vai, a dizer 'por favor' e 'muito obrigada'. E quando brigava com as irmãs, quando criança, eu falava: 'Jamais levante a mão para uma mulher'. Ele namora e não trai. E isso é o básico. Ele tem muito respeito e caráter. Aí fica uma forçação de barra pra ele pegar alguém na casa. Se pega, está se achando, se não, falam que não é hétero. É complicado."
"Tive que ser pai e mãe"
Quando Cristina separou-se de Fabio Jr, a filha mais velha, Tainá, tinha 6 anos, a do meio, Krízia, 5 e Fiuk, 3. Ela conta que escolheu interromper a carreira para dar conta da família:
"Tive que ser pai e mãe. Jamais entregaria meus três filhos pequenos na mão de motorista, por exemplo. O pai tinha seus compromissos de trabalho, então arquei com médico, escola, festa de aniversário, férias. A responsabilidade era enorme. Ainda ficava com os amigos deles. Parei meus trabalhos porque dei prioridade a meus filhos. Voltei quando eles passaram a ter autonomia."
Nascida em Osasco, em São Paulo, Cristina gostava de desenhar desde muito nova, e com apoio dos pais formou-se em Artes. Aos 23, conseguiu uma bolsa de estudos na Itália, onde praticou a língua em Perúgia, e com ajuda dos pais fez ainda especializações como restauração em afrescos, em Firenze, litogravura em Veneza e ainda viajou a Paris para aprender gravura em metal. No total, passou seis meses na Europa:
"Tinha proposta para ficar lá, mas decidi voltar e ficar com meus pais".
De volta ao Brasil, abriu com o irmão uma confecção de roupas de couro e chegaram a vender para grifes como Reinaldo Lourenço. Alugaram um ponto no shopping Morumbi, e nesse meio tempo começou a exibir suas obras. Foi convidada a expor em Veneza e no Salão de Artes de São Paulo:
"Tive um começo bom nas artes", ela suspira. Sua última exposição foi em 2016. Hoje, ela mostra seus trabalhos nas redes.
Cristina conheceu Fabio Jr. numa danceteria que pertencia a um amigo, na avenida Morumbi, e namorou dois anos com o artista antes do casamento. Após a separação, escolheu não mais subir ao altar.
"Não queria colocar um homem na minha casa com meus filhos pequenos, e receava não ter tempo de conhecer a pessoa, me perguntava como seria no dia a dia com as crianças. Me privei de algumas coisas pensando neles. São escolhas que a gente faz."
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