Mulher gera sobrinho para irmã que não pode ter filho: 'Valeu a pena'
Quando Dante nasceu na manhã de hoje, o sentimento foi de felicidade e gratidão, de acordo com a engenheira de telecomunicações Anaterra Guimarães, de 38 anos. O bebê, que chegou ao mundo com 3,6 kg e 49 centímetros, é fruto de um sonho que ela ajudou a realizar.
Anaterra gerou a criança para a irmã, a funcionária pública Solana Guimarães, de 39 anos, que não conseguia levar suas gestações em frente. A família mora em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
"Vale a pena poder proporcionar alegria para uma pessoa. Foi uma vitória. Já tenho uma filha de 6 anos, a Cecília. Sei o que é ser mãe e vi que era possível ajudar a minha irmã a ser também", diz Anaterra, em entrevista para Universa.
No entanto, Solana conta que demorou para ela aceitar que a irmã fosse barriga solidária, justamente pela preocupação e cuidado com Anaterra — as duas, conforme relatam, têm uma história de muita união e ajuda mútua.
"Ela é casada, tem uma filha, gravidez não é algo fácil e eu não queria dar trabalho", conta Solana.
Foi somente depois de a última tentativa de engravidar não dar certo, que ela e o marido, Daniel Ferreira, resolveram que o filho tão esperado poderia vir da irmã.
"Fiz nove ciclos de fertilização in vitro (FIV) e tive seis abortos espontâneos. Fiz tratamentos de 2012 a 2019, tanto em Belo Horizonte quanto em São Paulo", conta ela. "Meu problema não tem um diagnóstico, é uma incompatibilidade no útero", explica.
Emoção
O nascimento de Dante foi só emoção, conforme relata Solana, que acompanhou todo o parto e cortou o cordão umbilical do bebê. Ela já pensa em contar toda a história de amor para o pequeno, "do jeitinho que aconteceu", diz ela.
"Não tem como agradecer e nem como recompensar o que a minha irmã fez por mim, de forma alguma. Ela realizou um sonho meu com uma demonstração de amor", diz.
Dante, conforme relata Solana, vai crescer junto a todos que participaram dessa história. Anaterra é madrinha da criança. A pequena Cecília, inclusive, aceitou super bem que o bebê gerado pela mãe dela, na verdade, é seu primo.
"Estou muito feliz", diz Anaterra. "Valeu muito a pena".
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