Deslize sem medo: este guia sobre lubrificantes dá um 'up' na vida sexual
Lubrificante: tá aí um produto que muita gente não usa, ou só compra quando vai fazer sexo anal. Mas há muitas possibilidades de uso do produto no sexo - massagem, penetração mais confortável, sexo oral com sabor diferente.
Além disso, pode ajudar na penetração em períodos em que a mulher tem menos lubrificação natural, como pós-gravidez e menopausa. Então, vem saber mais dele.
O que define a compra em primeiro lugar
O mundo dos lubrificantes se divide em dois tipos com relação à composição. Um dos tipos é o à base de água, compatível com o uso de camisinha. A desvantagem dele é que a água da composição seca em alguns minutos secar e talvez precise reaplicar durante a relação.
Os à base de silicone tem maior durabilidade, ou seja, você transa mais tempo e o efeito molhado continua ali. Este também é compatível com o uso da camisinha.
Quero dicas, por favor
Entre esses dois tipos, há uma variedade de cores, cheiros e sabores e aí você escolhe de acordo com seu astral. Só que na escolha desses diferentes, precisa tomar cuidado para possíveis reações alérgicas. Sabe aqueles de "champanhe com morango" ou "chocolate com pimenta"?
É melhor testar, pois ele têm corante na fórmula. Como fazer? Pegando uma quantidade bem pequena com a ponta do dedo e passando em um cantinho da vulva para ver se há alguma reação como ardência ou coceira
Teste feito, hora de brincar
O produtinho em questão pode ajudar não só na penetração, como também fazer parte das preliminares. É possível usar para a massagem, em técnicas tântricas ou outros momentos sensuais. Os à base de água são os mais indicados.
Há no mercado também lubrificantes vibradores que dão uma sensação de "leves pontadinhas". Esses são bacanas para sexo oral ou para brincar na área, mas não indicados para penetração anal.
Soluções caseiras não!
Você já pode ter ouvido essa dica por aí, mas as especialistas ouvidas por Universa dizem que é melhor evitar usar o óleo de cozinha ou o hidratante corporal. Eles podem alterar flora vaginal, modificar ph da região e aumentar risco de infecções e reações alérgica, dor ou doenças.
Há uma exceção que é o óleo de coco. Mas atenção: o uso da camisinha fica inviável, porque o óleo de coco danifica sua porosidade e prejudica a eficácia na prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis
Então, só em relacionamentos fixos, com exames em dia com liberação médica do uso do preservativo.
Há quem use saliva. Mas vale notar que ela seca mais rápido do que os lubrificantes de água, além de não ser a solução mais higiênica.
Quando a lubrificação não vem
Em alguns momentos da nossa vida podemos ter pouca lubrificação, especialmente pela queda hormonal. Na menopausa há a queda do estrogênio, produzido pelo ovário que para de funcionar. Com isso diminui a circulação sanguínea na região do períneo e modifica a pele da mucosa da vagina. A relação sexual pode causar pequenos cortes, doer, dependendo da mulher, pois algumas passam pela menopausa como se nada tivesse acontecido.
Depois da gravidez, também há um aumento da produção de prolactina e uma baita queda dos hormônios que estavam altos (testosterona e estrogênio) na gestação causando menor lubrificação. Uso de anticoncepcionais, antidepressivos, além de questões como candidíase de repetição também podem deixar as coisas menos úmidas.
Nesses momentos, lubrificantes são mais que bem-vindos. Mas vale também repensar alguns hábitos sexuais. De repente é só uma questão de ficar mais nas preliminares, pois o seu tempo de excitação está maior. Só não pode seguir a relação sexual com dor. Se o incomodo persistir é preciso investigar as causas: sexo com dor não é normal.
Fontes: Lilian Fiorelli, ginecologista especialista em Sexualidade Feminina e Uroginecologia pela USP, Evelyn Prete, ginecologista de São Paulo, e Vanessa Inhesta, sexóloga de São Paulo
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