Como fica a vida sexual no pós-pandemia? Mulheres esperam mais criatividade
O verão é a estação mais quente - e aqui não estamos falando exatamente de temperatura. Há pouco mais de um ano, uma marca americana de preservativos encomendou o estudo "The Summer Uplift Effect" (em livre tradução, "efeito verão"), cujo objetivo principal era entender se e por que as pessoas transam mais nesta época.
Entre as constatações, apareceram algumas mais óbvias, como o fato de a maioria se sentir mais bem disposta e feliz no calor e, portanto, mais animadas para o ato sexual. O que é explicado inclusive pelo aumento de hormônios ligados ao bem estar como dopamina, serotonina e endorfina.
Contudo, um quinto dos entrevistados afirmou que mesmo no verão, cair na rotina ou não ter "tempero diferente" afetava a frequência com que se relacionavam. Pois bem, um ano de pandemia depois, com casais convivendo mais intensamente, solteiros lidando com privação e o estresse que acometeu a todos, como ficou a libido na estação que acaba de chegar? Este foi o ponto de partida do painel conduzido por Xan Ravelli, colunista de Universa, na quarta edição do Universa Talks, na companhia da educadora sexual Aline Castelo Branco, a cantora Ana Cañas e a atriz e influencer Jacy Lima.
Isolamento aumentou procura por curso sexual
Para Aline, a libido parece ter oscilado bastante, sobretudo entre os casais. A educadora sexual, que dá aulas para homens sobre como conhecer e explorar melhor as partes íntimas de suas parceiras e até conselhos práticos para o sexo oral, se viu muito demandada no começo das imposições de distanciamento e isolamento social. Como ela contou no painel do Universa Talks:
Atender casais não era a especialidade do meu curso. Mas no ápice, fui procurada por muitos que piraram emocionalmente e sexualmente
Jacy Lima, que usa do humor para produzir os vídeos bem-humorados sobre sexo que exibe em suas redes sociais, considera que as mudanças impostas pela pandemia fizeram muitas fichas caírem. "Mergulhamos num processo de autoconhecimento que não era possível no ritmo anterior", pondera a influencer. "Casais descobriram coisas novas, passaram a gostar de sexo virtual, por exemplo. E todos olhamos mais para nossas individualidades", completa, ao refletir sobre como mais criatividade e qualidade nas transas ficaram ainda mais necessárias.
Outra questão levantada com frequência por Jacy é a manutenção da autoestima para que mulheres tenham experiências sexuais mais prazerosas. O que, para Ana Cañas, passa também por conquistar mais liberdade e abolir regras no desejo. "Sexualidade é algo muito amplo e um grande alicerce de opressão", analisa. Que afeta, segundo a cantora bissexual, todos os gêneros, incluindo pessoas trans e cis.
Não dá para padronizar o jeito que as pessoas gostam de sexo. Cada um tem sua preferência e a descoberta do prazer é parte da jornada humana, do experimentar
Em coro com a cantora, Aline e Jacy sugere que embora estressante, o momento da pandemia é propício para que as pessoas se explorem. Acompanhadas, sozinhas, na masturbação, com a ajuda de brinquedos eróticos e vibradores.
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