"Com a ajuda de sexting, nudes e sexo virtual, me apaixonei no isolamento"
"Conheci um cara pouco tempo antes de estourar a pandemia e durante a quarentena trocamos nudes e mensagens pra lá de quentes. Nossa intimidade foi aumentando e quando nos encontramos foi uma conexão que nunca tinha vivido antes.
No Carnaval de 2020 tive a sorte de conhecer o Felipe*. Uma amiga em comum, nos apresentou e na hora o moço alto, de bigode, com um sorriso encantador e cabelo bagunçado chamou minha atenção. Na brincadeira do Carnaval pensei que poderia rolar algo, até tentei uma aproximação, mas não rolou nada e fiquei com uma pulga atrás da orelha.
O destino então foi meu amigo: durante outro bloco, encontrei Felipe, no meio da rua já bem alegrinho, e quando o vi pensei: essa é minha chance. Papo vai, papo vem, ele me contou que tinha perdido seu celular em outro dia de festa e estava ainda meio chateado com a situação.
Quando o bloco acabou fomos a um boteco e na entrada o garçom olhou para ele e gritou: 'Ei, você, de bigode! Esqueceu o celular carregando aqui no outro dia!'. A felicidade foi tanta que ele só virou e disse: 'Achei meu celular! Bora dar um beijo?'. Eu, que não sou boba, aproveitei a oportunidade e demos um beijão daqueles. Na hora já senti algo diferente. Uma vontade de conhecer mais e mais sobre esse moço.
Mas não é que a pandemia chegou com tudo? De repente me vi voltando para o interior de São Paulo para ficar na casa dos meus pais e cada dia mais longe do boy, ou melhor, de qualquer boy.
Como a grande maioria das pessoas, minha única fonte de flertes era o Instagram. Entre um post e outro, era normal que algum antigo peguete respondesse e começasse um papo. E foi exatamente isso que rolou com Felipe. Em um stories qualquer ele respondeu e logo em seguida eu disse no estilo "saudade do que não vivemos": 'queria aquele sorvetinho que íamos tomar juntos'. Seguindo a brincadeira, ele retrucou: 'não era o sorvete que eu queria estar chupando agora'.
No mesmo instante comecei a sentir meu corpo todo se atiçando. A excitação subia e me lembrei de como o beijo lá no Carnaval tinha sido gostoso e como o resto poderia ser também. Respondi no mesmo nível e começamos a imaginar o que faríamos se estivéssemos juntos. As descrições eram tão reais que o tesão tomava conta. Ele dizia como iria beijar minha nuca até sentir que estava me arrepiando e a partir daí ia descendo pelas minhas costas. Tudo era realmente de arrepiar.
A vontade de estarmos juntos era tanta que o sexting começou a se tornar rotina e abrirmos uma porta para o infinito. Todas as noites conversávamos sobre o que queríamos fazer e como daríamos prazer um para o outro. Nesse momento, as nudes também começaram a surgir e, olha, o tesão é indescritível. Eu mesma nunca tinha sentido isso na minha vida.
Além da parte física, nossos papos "durante o dia" eram de uma intensidade incrível. Acho que criamos uma intimidade física num primeiro momento e depois a emocional. Falávamos sobre a vida, relacionamentos passados e tudo foi combinando.
Para matar um pouquinho da vontade decidimos marcar um date virtual. Cada um na sua casa, taça de vinho na mão e muito tesão no ar. Entre um papo e outro, o clima já começou a aumentar, aumentar e quando vi, pela primeira vez na minha vida, estava transando virtualmente com um cara.
Ele mostrava como estava excitado e falava como queria beijar meus seios, acariciar minha barriga até chegar na minha calcinha. Eu também era super descritiva nos detalhes, contava como queria sentir o pênis dele e os braços no meu corpo. Os dois gozaram juntos em frente a tela do computador.
Só conseguia pensar em como queria vê-lo pessoalmente. Lembrava do beijo incrível no bloco, do tesão que sentia em todas as trocas de mensagens, da atração que tive ao vê-lo ali no date virtual. E depois de muitas idas e vindas, decidi que iria para São Paulo, voltar a ficar no meu apartamento, e que ele passaria um final de semana em casa, assumindo todos os possíveis riscos que teríamos ao encontrar alguém durante a pandemia.
No momento em que o interfone tocou, meu coração disparou. Pensei comigo mesma: 'será que estou maluca de chamar esse cara pra ficar aqui um final de semana todo?'. Mas criei coragem e abri a porta. Lá estava ele, sexy do jeito que eu imaginava, com seu violão e mochila nas costas.
Não conseguimos aguentar nem 20 minutos e a pegação já começou. Se lembra que eu disse que o tesão por sexting era indescritível? Pois ao vivo era melhor ainda. O beijo encaixou, a pegada era de outro mundo e ele fazia tudo como tinha dito nas mensagens que faria. Não demorou muito para que os dois chegassem ao orgasmo e vissem que aquela conexão não era qualquer uma.
Passamos o final de semana todo revezando entre transas maravilhosas na beira da janela e papos incrivelmente profundos deitados na cama. O mundo inteiro parecia ter desaparecido e o que vivíamos ali naquele apartamento era a única realidade possível. Na hora que ele foi embora, meu coração apertou e tinha certeza que queria mais.
Ficamos meses nos encontrando e passando finais de semana juntos até que já para o final do ano decidimos assumir o namoro e ficar de vez juntos. Os sextings continuam fazendo parte da nossa rotina e deixam tudo ainda mais gostoso. O fato de estarmos fisicamente distantes por conta da pandemia foi a pimenta do nosso relacionamento e aconselho qualquer pessoa a tentar, seja com seu parceiro fixo ou com um peguete. Pode ter certeza que com tesão você vai ficar!".
*Todos os nomes citados neste depoimento foram trocados a pedido dos entrevistados
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