Como Fiuk, outros homens provam que vestido não é peça só para mulher
Criticar Fiuk por usar vestido e maquiagem foi um dos principais fatores que levou Rodolffo, do BBB, ao paredão desta semana — e, segundo enquete do UOL, é possível que o cantor seja eliminado na noite de hoje.
A consultora de moda Ana Vaz disse à Universa que ao longo da história é recorrente o uso de saias e túnicas por homens, e que faz apenas dois séculos que essas peças deixaram o vestuário masculino para serem usadas apenas por mulheres. Mas, nos últimos dez anos, quando a moda agênero começa a ganhar espaço, essa separação entre peças femininas e masculinas começa a desaparecer.
Por isso, não é raro ver outros homens famosos, como Fiuk, aderindo a saias e vestidos, independentemente da orientação sexual — é o caso de Bruno Gagliasso, Jared Leto, Billy Porter, Vin Diesel e Kanye West.
Inspire-se no look deles:
Homem de saia? Eles provam que peça não é só para mulher
Moda e gênero na história
"Existem muitos elementos de adorno que, ao longo da história, foram compartilhados por homens e mulheres — e a saia é um deles", lembra. "Isso foi abandonado no século 18, quando a alfaiataria masculina ganha forma e simplifica a modelagem para os homens, que passam a usar apenas ternos".
Ana Vaz explica que as roupas sempre foram usadas para indicar o papel dos indivíduos na sociedade. Para os homens, as calças eram um símbolo de que ele tem o poder de ir para a rua, trabalhar e ter dinheiro, enquanto as mulheres ficavam em casa, com roupas muito adornadas, e que não permitiam muita mobilidade.
"Quando a gente vê homens usando saia no século 21, ainda há represália, porque a roupa feminina ainda é vista como uma roupa de alguém que tem menos poder", explica.
A consultora de moda lembra que as saias masculinas começam a aparecer nas passarelas em meados de 2005, em desfiles de Jean Paul Gaultier e Marc Jacobs, e que só ganhou as ruas de 2010 para cá — "mas sempre com uma cara masculina, digamos, de tecidos estruturados, linhas retas, cores escuras e estampas muito ligadas ao universo da alfaiataria, como listras e xadrez", pondera.
"A geração Z e parte dos millennials são muito mais tranquilos em relação à própria sexualidade, e isso reflete na moda. Hoje, a gente vê uma geração que olha com muito mais tranquilidade para essa moda que a gente chama de agênero, e que não se vê afetada de maneira negativa pelo uso da roupa feminina", diz.
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