21 milhões: quem é a equipe que fez Juliette ser recordista de seguidores
Quando sair do BBB 21 e for informada sobre o número de pessoas que acompanham seu Instagram, a advogada e maquiadora paraibana Juliette Freire vai sentir o impacto "bom, mas também muito forte" que é ter pelo menos 21 milhões de seguidores distribuindo likes e comentários em cada foto, vídeo e meme publicados por lá. A marca foi alcançada na última sexta-feira (26), em grande parte graças ao trabalho esperto que uma equipe de 20 pessoas que administra as redes sociais da sister — além do carisma e da trajetória da própria no reality da Globo.
Maria Tereza Falcão é head de social media do @juliette.freire e foi chamada para comandar a equipe por um amigo da advogada, Huayna Tejo, um dia depois que ela foi anunciada no BBB. O perfil, que tinha pouco mais de 3 mil seguidores antes do programa, agora faz parte do ranking das dez contas brasileiras com mais engajamento (compartilhamentos, reações, comentários e cliques) na plataforma.
A equipe tem a maioria dos profissionais de João Pessoa, na Paraíba (Juliette é de Campina Grande), e se espelha na personalidade extrovertida da sister para se comunicar com os seguidores. Não escapam das postagens o sotaque e as expressões do dia a dia de muitos paraibanos, que ganharam o Brasil na voz de Juliette dentro da casa mais vigiada do Brasil.
Não à toa, um dos conteúdos de mais sucesso do Instagram da participante foi o "Dicionário Juliettês", que, até agora, acumula mais de 2,5 milhões de visualizações e mais de 137 mil comentários. Para usar um dos termos que são explicados por lá: "Somente?".
O sucesso e o alcance chamou a atenção de outra recordista de engajamento do Instagram. "Quem é que faz as redes sociais da Juliette, hein? Quero pra mim também", postou a cantora Anitta sobre o trabalho feito nas redes da sister.
Maria Tereza conta que o conteúdo publicado nas redes sociais de Juliette (Instagram, Twitter, Facebook, Tik Tok e em grupos de Telegram) carrega a autenticidade da sister. No entanto, a parte criativa de textos e imagens também tem um nível de identificação dos próprios administradores.
"Como somos a maioria paraibanos como Juliette, ela representa muito lá dentro. Por isso, é fácil dar o tom. Eu a conhecia antes do BBB, temos amigos em comum e sei que ela é exatamente o que está mostrando. Aí, se ela canta na casa, a gente posta, se usa uma maquiagem maravilhosa, a gente posta. Ela é engraçada, ainda. Tudo que ela faz, inclusive as polêmicas, vira conteúdo", explica a administradora.
No começo, Juliette foi massacrada, pegaram no pé dela mesmo. Mas o público a acolheu aqui fora. Além disso, a edição do programa não a mostrava tanto no início. Foi um diferencial quando a gente começou a mostrar as cenas legais dela nas redes sociais.
O jeito mais solto da sister nas últimas semanas dentro do reality, além do fato de as redes sociais serem a maior arena para tretas e comentários sobre a atração, especialmente em tempos de pandemia, também geraram efeito no número de seguidores. "As pessoas abraçaram a dor dela, e quanto mais gente seguia, mais engajamento ela tinha."
"É a primeira vez que vejo o jeito que falo na TV"
Para Candy Ferraz, que é a head de conteúdos e do Twitter da BBB, Juliette também tem sido uma participante que sente na pele as dores de mulheres nordestinas ao expor o preconceito que elas sofrem. Essa xenofobia se manifesta muitas vezes pelo estranhamento alheio ao sotaque do paraibano, como as artistas Gkay, Flay e Lucy Alves já relataram aqui em Universa, ou ao apego às tradições locais (quem acompanhou a treta pelo cuscuz entre Fiuk e Juliette sabe).
"O que ela sofreu na casa foi um reflexo do que a gente sofre aqui fora. As pessoas não entendem que ela é brincalhona e a grande maioria dos nordestinos é efusiva, emocional, alegre", pontua Candy. "As pessoas acham engraçado a gente não falar 'do' e 'da' e usar o 'de' e o nosso sotaque. Mas não é engraçado, é meu jeito de falar."
Autora do "Dicionário Juliettês", Candy explica que ela mesma foi alvo de preconceito em contato com pessoas de fora do Nordeste, ao ouvir "Olha os paraíbas", de maneira pejorativa, em uma passagem por São Paulo.
Por isso Candy vê a projeção nacional de Juliette como motivo de orgulho para os paraibanos. "Uma amiga minha me disse que pela primeira vez estava vendo o jeito que fala na TV. O que acontece é que muitos de nós, principalmente mulheres, tentamos nos policiar, mudar nossa voz, nossas expressões para nos adequar", diz. "E a Juliette não tem um pudor de falar 'ele quer arengar' mesmo, que é querer arrumar confusão, no reality. Quando ela faz isso, está empoderando toda nós".
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