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RS registra queda de 77% nos casos de feminicídios em março

Ações de prevenção e conscientização promovidas pelas forças de segurança abrem novo horizonte de proteção às gaúchas - Nino Carè/ Pixabay
Ações de prevenção e conscientização promovidas pelas forças de segurança abrem novo horizonte de proteção às gaúchas Imagem: Nino Carè/ Pixabay

Colaboração para o UOL

08/04/2021 16h00

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul mostram que no mês da mulher, o número de feminicídios no estado teve queda de 77% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Foram três ocorrências em 2021 contra 13 em 2020. Esse é o menor total em toda a série histórica, iniciada em 2012.

Segundo a pasta, o resultado é fruto de um conjunto de ações adotadas no âmbito do programa RS Seguro. No mês passado a Polícia Civil inaugurou 17 Salas das Margaridas, cuja ideia é servir como um espaço reservado ao público feminino para registros de ocorrências, oitivas das vítimas, bem como o pedido de medidas protetivas de urgência e demais ações que fazem parte da Lei Maria da Penha. Ao todo, o estado já conta com 40 dessas salas.

As Patrulhas Maria da Penha, realizadas pela Brigada Militar, também foram ampliadas em 143%. Ao final de 2018, o número de municípios atendidos pelas guarnições especializadas, que realizam visitas periódicas a vítimas amparadas por medidas protetivas, era de 46. Hoje, a ronda está presente em 112 cidades.

Só na 1ª Delegacia de Atendimento a Mulher, localizada na capital, houve aumento de 375% no número de agressores detidos, passando de oito entre janeiro e março de 2020 para 38 no mesmo período desse ano.

Mesmo diante das restrições de circulação impostas pela pandemia, o que consequentemente aumentou o tempo de convívio doméstico, outros crimes contra a mulher também apresentaram queda em março.

Entre as ameaças, a redução foi de 15,1%, passando de 2.889 no terceiro mês de 2020 para 2.454 registros neste ano. Também caíram as lesões corporais (-20,3%) e os estupros (-19%). Já as tentativas de feminicídio tiveram elevação de 21 casos para 35 (66,7%).