Inspiração: 8 modelos brasileiras que exaltam corpos reais na moda
Cicatrizes, dobras no corpo, braços largos, manchas de vitiligo. Se você tem algum dessas características e não se sente confortável com elas ou não as vê representadas em nenhum lugar, talvez seja porque ainda não conhece as modelos brasileiras de corpos reais que representam a dose de autoestima que precisamos para desmitificar a ideia da "beleza padrão".
Nas redes sociais, principalmente no Instagram, mulheres como Giulia Dias, Rita Carreira (que, na última edição de Universa Talks, de Universa, falou sobre aceitação do próprio corpo), Constanza Canet e Mayara Russi levam aos seguidores fotos lindas e mensagens inspiradoras sobre ter orgulho de quem se é, rompendo os tabus da imagem de modelo a que somos ensinadas a admirar — meninas magras, brancas e sem marcas na pele.
Universa separou 8 exemplos de modelos que são "fora do padrão" e lutam, como nós, pela libertação das mulheres dos estereótipos femininos.
Modelos falam de autoestima nas redes: corpos "fora do padrão"
Giulia Dias
Giulia Dias é uma modelo que teve sua história marcada por cicatrizes, depois de um acidente de trânsito que deixou marca destacada em seu rosto.
A jovem, que participou do Universa Talks de 2020, evento de Universa, para falar sobre o tema e aceitação de sua própria beleza, também aborda outras questões sobre corpo e opressões que mulheres vivem no dia a dia para se sentirem bonitas.
"Aos 14 anos, eu era complexada com meu peso, me achava feia. Consumia muito o lifestyle daquelas "musas fitness". Era um dos assuntos mais comentados entre as minhas amigas: queríamos ser magras, com esse corpo, ou tal corpo", escreveu na legenda da foto acima.
Por que nos cobramos tanto para buscar a aprovação do outro? Se sentir pertencente ou aceito por alguém ou algum grupo? Por que toda essa comparação e cobrança com nossa aparência?
Letticia Muniz
O quão difícil é para uma pessoa "curvy" se sentir bem com a aparência? Por que a sociedade ainda julga corpos que não são magros? É nessas teclas que bate a modelo Letticia Muniz, ao falar sobre sua trajetória de amor próprio no Instagram. Letticia, inclusive, convida outras mulheres a se libertarem das amarras sociais para viverem plenamente em seus corpos: no verão de 2020, por exemplo, ela criou a hashtag "Corpão de verão" para inspirar outras mulheres a ficarem em paz usando biquínis e maiôs.
Mayara Russi
Mayara Russi é uma modelo plus size que dá o nome no Instagram, mostrando looks inspiradores para mulheres gordas. Não tem nenhuma restrição: regatas, biquínis, maiôs e vestidos fazem parte das escolhas dela, que já fez parte de matéria de Universa sobre tirar fotos com o braço em destaque — outra área do corpo que é bastante criticada por uma sociedade gordofóbica e com padrões estéticos muito rígidos.
Rita Carreira
Se você quer estilo e fotos criativas (inclusive para se inspirar nas poses!), o Instagram de Rita Carreira entrega tudo. A modelo da Ford Models afirma na rede que "Amar o corpo já virou rotina". Mas, nem sempre foi assim. Rita, que foi capa da revista Vogue no ano passado, já escreveu, por exemplo, que "as dobrinhas das costas sempre incomodaram, mas eu nunca deixei fazer nada por causa delas".
Larissa Sampaio
Mais de 12 mil pessoas já acompanham com frequência a rotina da modelo Larissa Sampaio no Instagram. É ali que "a menina feita de nuvens", como se refere às manchas do vitiligo, compartilha cliques e mensagens sobre como foi se aceitar:
Ame sua diferença, pois isso te torna única. Seja quem você quiser, tire fotos do jeito que você se sente bem, use sua arte para alcançar outras pessoas.
Constanza Canet
"Modelo e atriz 50+, adepta e fã da beleza natural da mulher". Com a descrição no Instagram, já é possível entender o papel de Constanza Canet para inspirar outras mulheres a se respeitarem e se amarem, certo? Posando sem retocar os fios brancos do cabelo e trabalhando em publicidade e outras mídias, a modelo é a maior prova de que sempre é tempo de cuidar de si mesma.
Mariana Lobo
Você conhece a Mari Lobo? A modelo curvy criou na rede social até uma hashtag, a "To Usando Biquíni", para evidenciar os corpos "fora do padrão" expostos em roupas de banho. Mari é uma referência quando o assunto é beleza negra também. E dá a letra sobre a conquista de se amar aos pouquinhos.
"Amar o meu corpo tem sido uma construção diária. Todos os dias barreiras crescem pra afirmar o quanto eu estava mais magra no passado ou como é feio o corpo de tal pessoa (parecido com o meu). Tento experimentar uma roupa e não entra. Meu quadril é muito largo, meu peito muito pequeno".
O problema sou eu ou as lojas? Enfim, amar minhas dobrinhas hoje faz parte de mim. Faz parte dessa Mariana que vocês conhecem. Saber que sou amada, cuidada, desejada e respeitada faz toda a diferença também. Me olhar com carinho é um exercício, e essa sou eu hoje. Livre, leve e solta.
Samanta Bullock
Modelo desde os 8 anos, Samanta ficou paraplégica aos 14 por conta de um tiro acidental. Foi quando redescobriu a paixão por modelar, na cadeira de rodas, e os obstáculos que o mundo da moda traz a pessoas com deficiência. Além das passarelas e de aparecer em campanhas publicitárias, Samanta fez mais: criou uma marca de roupas inclusiva, com as necessidades e adaptações necessárias para outras mulheres com deficiência.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.