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Tatiane Spitzner: mulheres deixam flores na porta do fórum em dia de júri

Flores foram deixadas no dia do julgamento do caso Tatiane Spitzner no fórum de Guarapuava (PR) - Reprodução/Instagram
Flores foram deixadas no dia do julgamento do caso Tatiane Spitzner no fórum de Guarapuava (PR) Imagem: Reprodução/Instagram

Nathália Geraldo

De Universa

04/05/2021 10h49

A porta do Fórum de Guarapuava (PR) foi enfeitada, na manhã desta terça-feira (4), com flores em apoio a Tatiane Spitzner, morta em julho de 2018. Com os dizeres "Tatiane presente", mulheres publicaram fotos de rosas deixadas no local, na cidade em que o crime ocorreu. A homenagem à vítima foi divulgada no perfil do Instagram "Todos por Tatiane", que acompanha os passos do julgamento do único réu do caso, o então marido de Tatiane Luis Felipe Manvailer. Ele responde à acusação de homicídio qualificado, sendo uma das qualificadoras o feminicídio, de acordo com o Ministério Público, e fraude processual.

O caso de Tatiane Spitzner ganhou repercussão nacional depois que foram divulgados vídeos mostrando Manvailer correndo atrás de Tatiane no estacionamento do prédio em que morava, a chutando e agredindo. A acusação é de que ele teria matado Tatiane por enforcamento e, depois, jogado seu corpo da sacada do local.

Flores para Tatiane Spitzner

flores - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Homenagem foi publicada nos Stories do perfil "Todos por Tatiane", administrado pela família dela
Imagem: Reprodução/Instagram

O julgamento desta terça (4) é a quarta tentativa da Justiça de levar adiante o caso: ele já foi adiado três vezes, em dezembro, janeiro e fevereiro, a pedido da defesa. Além das fotos, há pelo menos mais três formas de apoio demonstrado nas redes sociais: alguns usuários fazem publicações sobre violência contra mulher com as hashtags #JustiçaporTatiane, #TodosporTatiane e #TodosporTatianeSpitzner.

Se condenado, Manvailer poderá cumprir penas por homicídio qualificado e por fraude processual, que são de, respectivamente, de 12 a 30 anos e de seis meses a quatro anos. A defesa nega que ele tenha cometido qualquer crime, afirma que Tatiane apresentava um quadro depressivo e teria se suicidado.

O julgamento está sendo atualizado pelo Twitter do Tribunal de Justiça do Paraná: