Caso Tatiane Spitzner: veredito de Manvailer só deve sair no fim de semana
A demora em ouvir as testemunhas convocadas para o júri popular de Luis Felipe Manvailer pode fazer com que o veredito do caso saia somente no fim de semana. A previsão é do advogado e assistente de acusação do Ministério Público do Paraná, Gustavo Scandelari.
O julgamento começou na última segunda-feira, no Fórum de Guarapuava (PR). Seis testemunhas já foram ouvidas em mais de 24 horas de sessões.
Nesta quinta-feira (6), o investigador de polícia Marco Aurélio Jacó foi questionado por quase três horas pela Promotoria de Justiça e os assistentes de acusação. Ele contou que estava no prédio no momento em que o crime aconteceu. O investigador dormia no apartamento da namorada, que fica no mesmo local, e não percebeu a movimentação. Na manhã seguinte, ao chegar na delegacia, ele ficou sabendo do crime e retornou ao prédio para pedir as imagens das câmeras de segurança e ouvir as testemunhas.
Durante a sessão da manhã de hoje, a promotoria exibiu várias imagens fortes que mostram Manvailer levando o corpo da esposa até o apartamento e limpando os vestígios de sangue espalhados no elevador. Neste momento, a família que acompanha o júri desde o começo foi retirada do local. O investigador disse que chegou à conclusão de que não foi suicídio devido a todos os indícios das investigações.
O chefe administrativo do IML de Guarapuava, Obadias de Souza Lima Júnior, deve ser ouvido durante a tarde de hoje.
Segundo as investigações, o marido de Tatiane teve a intenção de cometer o crime ao agredir a esposa diversas vezes e depois jogá-la da sacada do apartamento do casal, no 4.º andar de um prédio. O laudo pericial aponta que Tatiane tinha marcas de esganadura e que teria sofrido uma asfixia.
Manvailer é acusado de ter impedido que a esposa saísse do local e também de ter alterado a cena do crime, tentando limpar vestígios de sangue e levando o corpo de Tatiane para dentro do apartamento depois da queda.
Desde o crime, Manvailer está preso preventivamente. Se condenado, ele pode ser punido com pena de 12 a 30 anos de prisão.
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