A geração Z odeia o jeans skinny. Conheça os modelos candidatos a favorito
A calça jeans skinny, modelo bem colado ao corpo, está no centro de uma disputa geracional. Soa dramático, mas é que ela se tornou símbolo da ruptura da estética millennial pela geração Z, que não quer ver o modelo à vácuo nem pintado de ouro, pois é considerado "cringe" — algo como "vergonha alheia". As discussões ganharam o TikTok, mas um olhar atento às vitrines e ao feed no Instagram já havia notado que as versões soltinhas ganharam mais espaço.
Seu estilo é cringe?
"Nos anos 2000, o jeans skinny era uma forma de refutar o 'mom jeans', solto e sem elastano, que não valorizava suficientemente o idealizado corpo esbelto, segundo o padrão de beleza vigente (com apelo ao sexy à la desfiles da marca de lingeries Victoria's Secret). Atualmente, esses estereótipos são contestados. Para a adolescente de hoje, ficar espremida em um modelo de calça não faz mais sentido, se ela aprisiona o corpo. Entre o sexy que incomoda e o despojado que liberta, certamente ela tende a preferir a segunda opção", afirma Nina Grando, pesquisadora de tendências, de São Paulo.
As rupturas estéticas se repetiram ao longo da história da moda. O motor é, via de regra, a inquietação de quem chegou por último. "Os jovens exemplificam os comportamentos emergentes de uma época; o espírito do tempo vigente. Isso não é à toa: em geral, são as pessoas mais familiarizadas com novas tecnologias e que têm mais tempo para experimentações, inclusive criativas. Outro ponto importante é que não são tão apegados ao passado, ao status quo em vigor, logo adotam novos modelos com mais facilidade", explica a especialista.
O jeans da geração Z
É claro que o consumo não passaria ileso aos novos desejos. E isso respinga na moda. "Há uma repulsa às fast fashions. Os gen-z gostam de vintage, de curadoria. Luxo, para eles, é aquilo que é único, autêntico e até artesanal. Peças de segunda mão, mas também de marcas pequenas e nichadas entram no radar. Também estamos falando de pessoas que curtem customizações e que resgatam o espírito 'faça você mesmo'", afirma. Por serem nativos digitais, as referências que incorporam no próprio estilo são infinitas, uma vez que as inspirações e o repertório disponíveis também são. "Até um meme pode ponto de partida", exemplifica Nina.
O conforto, a liberdade e a ousadia que eles procuram são traduzidos em modelagens menos óbvias, por vezes excessivamente soltas para manifestar o toque de subversão. "Falando em jeans, as calças são sempre mais amplas, nada colado, como nas versões baggy, wide e até de cintura baixa", explica o stylist e consultor criativo Marco Gurgel, de São Paulo.
"A geração Z não está preocupada em parecer algo. É uma moda menos pasteurizada, que quer expressar individualidade. Para tanto, ela se apropria dos estilos sem gênero e streetwear. Além do jeans, notamos também o forte uso de moletons oversized e tênis", exemplifica o expert.
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