Olivia Rodrigo tem 4 lições para te dar sobre raiva, autoestima e homens
Se você esbarrou no nome da cantora Olivia Rodrigo nos últimos dias pela internet e já até soube que ela tem três músicas entre as 100 mais tocadas no mundo no Deezer, mas não faz ideia do teor das composições da estrela pop de 18 anos, Universa tem um recado: ela é a voz que faltava para nos acolhermos um pouquinho e assumir sentimentos como raiva, insegurança, ciúme e, então, partir para a etapa da superação de relacionamentos que fracassaram.
Com o álbum "Sour" lançado na sexta-feira (21), a adolescente joga nas letras (e, talvez, um pouco na nossa cara) a angústia de não ser correspondida no amor e revela algumas das emoções com que teve que lidar após o fim de um namoro. E, bem, coração partido não tem idade.
Por seguir essa temática, Olivia recebeu críticas sexistas da indústria do entretenimento que apontam que ela só faz músicas sobre homens. Os mesmos comentários que Taylor Swift, uma de suas referências na música, ouviu no início da carreira. Ela rebateu.
"Sou uma adolescente, escrevo sobre coisas que sinto muito intensamente - e sinto um coração partido e uma saudade muito intensa - e acho que isso é autêntico e natural", disse ela ao jornal britânico "The Guardian". "Eu realmente não entendo sobre o que as pessoas querem que eu escreva; você quer que eu escreva uma música sobre imposto de renda?".
A seguir, te explicamos por que Olivia já é aquele sucesso "meio Adele, meio Taylor", e pode nos ensinar que mulheres são livres para sentirem o que bem quiserem e como é preciso tomar as rédeas da própria autoestima para ter relações mais verdadeiras.
Olivia Rodrigo: pop para liberar as emoções
Silenciadas, moldadas para correr atrás do amor romântico, muitas mulheres acabam guardando emoções, especialmente nas relações afetivas, para não explodirem. Olivia vai no caminho contrário.
"Algo de que estou muito orgulhosa é que este álbum fala sobre emoções que são difíceis de falar ou não são socialmente aceitáveis, especialmente para as meninas: raiva, ciúme, rancor, tristeza; elas são desaprovadas como vadias. Mas acho que são emoções tão válidas", elencou ao The Guardian.
Sofrência? Sim. Mas motivo de ironia logo depois
Já faz um tempo que mulheres se sentem mais livres para falar sobre como se sentem depois que o @ vai embora e começa um novo relacionamento. Nessa disciplina, Marilia Mendonça e as cantoras de sertanejo são professoras, por exemplo. Mas, na letra da música "drives license", Olivia mergulha fundo na bad e comenta sobre como foi triste tirar a carta de habilitação, passar na casa do boy e ele ter saído... Com outra mulher. Imaginamos como doeu, Olivia.
Sorte sua (e dos fãs!) que a música "Good 4 you" transforma as promessas vazias de um homem em algo para dar risada, o que já gerou mais de 46 milhões de visualizações do clipe no Youtube até agora:
"Me mantive calada para manter você"? Eis a lição do que não fazer
Em "Traitor", o recado da cantora é justamente para o ex que, assim que viu o fim do relacionamento, chamou outra garota para sair. Olivia descreve que, durante o namoro, precisou se silenciar para mantê-lo por perto: claramente, uma lição do que não fazermos quando a relação não tem mais nada a oferecer de bom.
Aliás, fica a dica: psicólogas ouvidas por Universa apontam que relacionamento saudável é aquele que o amor vem ao lado do respeito mútuo e a si mesmo.
Por que se comparar a quem vemos nas redes sociais?
"Não sei como, mas @Olivia_Rodrigo consegue validar, criticar e definir com precisão a emoção que eu nunca poderia com Jealousy, Jealousy."
Na faixa "Jealousy, Jealousy", a adolescente fala da comparação que faz entre ela e as outras mulheres que vê nas redes sociais — sim, algo construído sobre a base forte do mito da "rivalidade feminina" da sociedade machista. Aqui, Olivia faz uma reflexão muito clara: a beleza delas não significa ausência de sua própria beleza. No final das contas, a música é sobre autoestima feminina e como podemos nos reerguer e romper com os padrões estéticos.
Porque tudo que vejo são garotas boas demais para ser verdade, com dentes brancos como papel e corpos perfeitos, gostaria de não me importar. Eu sei que a beleza deles não é falta da minha, mas parece que o peso está nas minhas costas, e não posso deixá-lo ir.
Por fim, a grande aula: não deixe de ser quem você é pelo outro!
Na letra de "1 step foward, 3 steps back", mais uma vez, Olivia traduz a cilada que é tentar mudar o perfil para estar se relacionando com alguém. Para ela, o comportamento só traz insegurança. "Você me ferrou da cabeça, garoto. Nunca duvidei tanto de mim... Eu tenho meu lindo e meu menino divertido. Eu odeio ter te dado poder, ou, esse tipo de coisa".
É importante reconhecer quando se viveu um relacionamento com abusos psicológicos e, mais do que isso, não ter vergonha de falar a respeito, inclusive para conseguir lidar melhor com as consequências emocionais dele. Como dizem os jovens, tal qual Olivia: "É sobre isso".
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