Até Billie Eilish: conheça o "loiro vintage", versão dourada do platinado
Um loiro platinado, mas com fundo quente, que vai do tom manteiga ao dourado. Este é o "vintage blond", uma versão para os claríssimos com perfume retrô — a cor lembra o cabelo das divas de Hollywood dos anos 50. "É o famoso cabelo descolorido, da raiz às pontas, que não usa outras cores para contrastar. É um cabelo monocromático, inclusive na raiz", explica o cabeleireiro Marco Antonio de Biaggi, de São Paulo.
Diferentemente de outras técnicas, como luzes e mechas californianas, a ideia é que o tom natural do fundo seja neutralizado. Para tanto, é necessário partir para a descoloração total dos fios, processo agressivo e que só deve ser feito após teste de mecha para avaliar a resistência do cabelo.
"Para quem já é loira, por exemplo, é mais rápido chegar ao tom, mas nunca demora menos de três ou quatro horas no salão", conta Biaggi. "Para as morenas, o processo pode se estender por oito, dez horas", completa o expert, ressaltando que a finalização ainda leva tonalizante para conferir brilho.
Na hora de despigmentar os fios, até o pó descolorante importa. "Sempre prefiro produtos com cosmeticidade, que tenham ingredientes como arginina e óleo de semente de uva, por exemplo, para hidratar e evitar a quebra dos fios", afirma. Os "plex", categoria de cremes específicos para proteção do fio em processos químicos, também são bem-vindos.
Dá para fazer em casa?
Para a cabeleireira Sandra Zapalá, de São Paulo, é importante buscar um especialista que tenha experiência no processo de coloração para evitar não só problemas no couro cabeludo, caso das alergias e irritações, como também o chamado "corte químico" — quadro em que a química danifica profundamente as mechas e elas se partem. "Por se tratar de uma descoloração global, é uma técnica difícil, que exige conhecimento e cuidado do profissional", defende.
Especialmente para quem tem muito cabelo, o olhar externo é fundamental para que o processo se dê da mesma forma em todo o couro cabeludo evitando variações de tom ou até manchas nas madeixas.
Como manter o vintage blond
Cuide do tom produtos matizadores, cujo fundo violáceo neutraliza o efeito amarelado excessivo. Por ser uma nuance mais quente, é esperado que os fios não fiquem brancos no vintage blond. Outra opção é apostar nas hidratações chamadas de banho de brilho. São cremes com uma pequena dose de pigmentos que se depositam nos fios e criam uma camada transparente de cor. Vá para os tons de camomila, palha e dourado, sempre respeitando o tempo de ação do fabricante.
Outro cuidado é evitar água quente na lavagem dos cabelos, que acelera o desbotamento dos fios. Siga uma rotina de hidratação, restauração e nutrição dos fios para repor as vitaminas e nutrientes necessários para a saúde das madeixas. Da mesma forma, o uso do leave-in com proteção térmica antes de usar o secador ou chapinha é essencial.
Por ser um tom bem claro, a raiz natural já começa a aparecer depois de alguns dias. "Para retocar, indico a técnica feita com o apoio de tiras de papel para que o clareamento seja feito somente na virgem do cabelo e não encoste nos fios já loiros", ressalta Sandra Zapalá.
Tem contraindicação?
Os dois cabeleireiros ouvidos por Universa concordam: o vintage blond é uma cor difícil. Crespos e cacheados podem perder a definição quando submetidos à descoloração intensa. Já cabelos muito finos, frágeis ou com alisamentos químicos também tendem a quebrar durante o processo.
Caso se enquadre em alguma dessas condições, converse com um profissional de confiança para entender qual tipo de iluminação é possível.
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