"Romântica ou safada na hora H?": como descobrir seu estilo de transar
Em uma interação com a atriz Tatá Werneck nos stories do Instagram, um seguidor perguntou sobre o comportamento sexual dela: "Você é romântica ou safada na hora H?". A atriz, claro, respondeu em tom de piada: "Safada... Porque ser romântica é coisa de p*", brincou, como em quase todo comentário que faz na rede social.
A separação "sexo amorzinho" e "sexo selvagem", de fato, faz parte do nosso imaginário sobre o tema. Não à toa a pergunta para Tata separa o jeito de transar em dois perfis. Mas, será que há uma fronteira tão definida assim? E como "migrar" de um comportamento para outro, sem se sentir preso às amarras dos estereótipos e das falsas regras criadas na cama? A psicóloga clínica e sexóloga Raphaella Maia Moura responde a essas questões a seguir.
Sexo amorzinho X sexo safado: tem que escolher?
Ok, é fato que o sexo safado, via de regra, pode incluir posições mais desafiadoras, objetos sexuais, como algemas, beijos mais pontuais e uma pegada "acelerada" entre os parceiros. Enquanto o "romântico" é visto como o que tem menos trocas de movimentos e mais tempo para um explorar o corpo do outro. Mas, será que quem ama uma versão caótica e intensa não pode ser também do time das relações mais calmas, com velas acesas e música sensual?
"Na verdade, uma coisa não exclui a outra. A transa pode começar romântica e, no meio, os parceiros começarem a falar baixaria, terem toques mais intensos, ou iniciarem com um fogo muito grande e terminarem falando 'eu te amo', chegando ao orgasmo juntos", defende a especialista. "Isso é muito relativo e depende da subjetividade de cada pessoa e entre o casal."
A frequência e o ritmo dos corpos na relação sexual é que vão definir o "estilo da transa". Para que ele seja satisfatório para os parceiros, no entanto, é preciso colocar as cartas na mesa: comunicação antes e durante o sexo faz toda a diferença. "É preciso prestar atenção à linguagem do corpo e também à verbal. Existe uma ideia de que mulher só gosta de sexo 'amorzinho', aquele que é quase uma dança, mas não é isso. Meus pacientes homens também gostam de carinho, dessa pegada romântica."
Impor o próprio ritmo à transa, assim, é uma cilada. Os parceiros precisam falar de como sentem prazer e alinhar os gostos para que ninguém fique frustrado por falta de prazer na relação.
Mesmo sem transar, dá para saber seu "estilo"
A sexóloga explica que quebrar os tabus sobre que comportamentos deve reproduzir na cama é essencial para que a pessoa descubra qual é seu "estilo" de sexo, mesmo que esteja solteira. O recado vai diretamente para as mulheres e para quem se relaciona com elas.
"Foi colocado para nós que mulheres só gostam de amorzinho, 'papai e mamãe'. Então, a gente precisa se desconstruir nesse sentido, para entender como é nossa maneira de se relacionar sexualmente."
Se você está sem nenhum contatinho na quarentena, aqui vão algumas dicas práticas da sexóloga para explorar o autoconhecimento sexual:
- Sexo é criatividade: "Tesão é ser criativo. Para as mulheres, indico um exercício de imaginação. Feche os olhos e pense em uma situação em que você está fazendo determinado 'tipo' de sexo. Usando lingerie, dominando uma parceira ou parceiro. Como você se sente nesse lugar?".
- Uma visita ao sex shop presencial ou virtual: as opções de produtos eróticos -- algemas, géis para esquentar ou esfriar o corpo, fantasias, vibradores -- são um estímulo para pensar mais no que te excita. "É um ambiente altamente sexual", comenta Raphaella. Às vezes, ali tem uma descoberta incrível, que você nunca testou...
- Acompanhe páginas "safadinhas" no Instagram: há alguns perfis de ilustrações eróticas na rede social que podem virar a chavinha da imaginação e te ajudar a explorar mais seus gostos sexuais.
- Filmes... E atenção aos sinais do corpo: tire as crianças da sala e escolha tipos de filme diferentes; um que você sabe que tem cenas mais românticas, de casais se beijando lentamente, e outro que tenha imagens mais explícitas. Depois, se atente ao que você sente. "Isso também vale para quando ouvir música, tomar um vinho... O corpo e a imaginação vão reagir a isso, e você pode se observar", orienta Raphaella.
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