Olimpíada de Tóquio tem atleta trans confirmada; saiba quem é
A Olimpíada de Tóquio, que começa no dia 13 de julho, já está fazendo história. Será a primeira vez que a competição terá uma atleta trans participando. O primeiro nome, com grandes chances de levar uma medalha, é o da halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia. Sua participação foi confirmada pela IWF (Federação Internacional de Levantamento de Peso) com a publicação do ranking de classificação, na sexta-feira (11).
Outro nome é o da americana Chelsea Wolfe, do ciclismo, que, por enquanto, é atleta reserva, mas pode vir a participar da competição. "Estou animada e honrada. E pronta para quebrar tudo em Tóquio caso seja necessário", escreveu em seu Instagram.
Laurel Hubbard: 7º lugar em ranking mundial e chance de medalha
Laurel, hoje com 43 anos, figura no 7º lugar do ranking mundial de levantamento de peso. Começou sua carreira de atleta aos 20 anos e, aos 35, em 2012, passou pela transição de gênero. Seguiu sua trajetória como atleta e viu mais portas se abrirem em 2015, quando o COI (Comitê Olímpico Internacional) autorizou a participação de mulheres trans desde que mantivessem determinado um baixo nível de testosterona nos últimos 12 meses.
Para participar de outras competições internacionais, a autorização foi dada em 2003. Ao ganhar o segundo lugar no torneio mundial de 2017, disse que, "há dez anos, o mundo talvez não estivesse pronto para uma atleta como eu". "E talvez não esteja pronto agora", afirmou. "Mas tenho a sensação de que, pelo menos, as pessoas estão dispostas a me considerar para essas competições. É o momento certo para calçar as botas e subir na plataforma."
Hubbard, porém, não está a salvo de ataques de rivais. A halterofilista belga Anna Van Bellinghen declarou que permitir a participação dela na olimpíada é injusto. "É uma piada ruim", disse.
Chelsea Wolfe: destaque no ciclismo americano e ativista LGBT
Ainda que Chelsea Wolfe, 28, seja atleta reserva da equipe americana de BMX Freestyle, modalidade do ciclismo, a representatividade faz parte da comemoração. Wolfe é também ativista pelos direitos LGBT, e fala do tema em suas redes sociais e em entrevistas, sempre defendo a causa da qual faz parte.
"Se você puder viver a vida abertamente como você mesmo, em um mundo tão hostil à sua existência, então você já tem a força de um campeão", disse a atleta ao site OutSports.
"Estou processando lentamente, aos poucos, o quão emocionante isso é", afirmou. "Acho que não entendi totalmente como é emocionante e é incrível chegar tão longe com esse meu sonho, ao qual dediquei minha vida nos últimos cinco anos." Wolfe é a terceira colocada no ranking dos EUA.
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