Cirurgião é preso após ser acusado de abuso sexual por mais de 80 mulheres
O cirurgião plástico Klaus Wietzke Brodbeck foi preso preventivamente pela Polícia Civil, na noite desta sexta-feira, (16), em Gramado, no Rio Grande do Sul. O médico é investigado após ser acusado de abuso sexual por mais de 80 mulheres. Até o início da tarde, segundo a delegada Jeiselure Rocha de Souza, já havia 86 denúncias contra Brodbeck.
A namorada do investigado divulgou, durante a semana, vídeos em redes sociais em que diversas vítimas se sentiram coagidas por seus pronunciamentos. Ela foi interrogada na tarde de ontem.
O mandado de prisão preventiva foi deferido pela segunda Vara Criminal do Foro Central da Comarca de Porto Alegre, após parecer favorável do Ministério Público. Brodbeck então foi conduzido de Gramado até a capital gaúcha, onde aguarda vaga no sistema prisional.
Mais cedo, o advogado Gustavo Nagelstein, que defende o médico, divulgou uma carta aberta rebatendo quatro das acusações de abuso sexual. "Infelizmente, apenas um lado da história tornou se público, ferindo a dignidade pessoal e prejudicando a imagem profissional do Dr. Klaus Brodbeck, um dos maiores especialistas em procedimentos estéticos do país, com mais de 30 anos de trabalho honesto. Importante mencionar e agradecer os diversos pacientes que têm se manifestado em redes sociais e se colocado à disposição do médico que, certamente trará a verdade e voltará sua vida normal", afirma.
Entenda o caso
Na terça-feira (13), a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços associados ao médico. Brodbeck é investigado por abuso sexual e crime contra a dignidade sexual das mulheres, o que inclui assédio, importunação e estupro. A operação teve início com denúncia anterior de 12 mulheres e, depois que o caso veio à tona, outras vítimas foram à polícia.
Como denunciar violência contra a mulher
Mulheres que passaram ou estejam passando por situação de violência, seja física, psicológica ou sexual, podem ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico.
O contato também pode ser feito pelo Whatsapp no número (61) 99656-5008. Também é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Mulheres vítimas de estupro podem buscar os hospitais de referência em atendimento para violência sexual, para tomar medicação de prevenção de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente.
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