Mais looks por menos: 5 passos para otimizar o guarda-roupa e evitar gastos
A psicóloga Laryssa Lira adora comprar roupas e não resiste a uma blusinha nova. O resultado disso é: guarda-roupa lotado e peças muito parecidas entre si. No Desafio Aceito, novo programa de MOV, a produtora de vídeos do UOL, a apresentadora Thelminha Assis ajuda Laryssa a mudar sua compulsão fashion.
A psicóloga, assim como muitas mulheres, tem a sensação de que, não importa a quantidade de roupas no armário, sempre falta alguma coisa ou de que não tem o look ideal para determinado evento. É dessa sensação inclusive que, na maioria das vezes, partem as compras por impulso - quando não há uma real necessidade, mas a gente simplesmente compra.
E, convenhamos: não é preciso muitos motivos para acharmos que estamos precisando de roupas novas. Basta uma troca de estação, um evento importante ou uma viagem especial e lá estamos nós - batendo perna ou explorando todos os canais de venda das nossas lojas preferidas. A questão é que muitas vezes a gente nem sequer olha o que tem entre nossas gavetas e prateleiras antes de sair em busca das novas peças.
"Existem diversos gatilhos que levam à compra por impulso. No topo da lista estão promoções, tempo livre, o contexto de fast fashion, tendências, influências de amigas ou nas redes sociais ou mesmo a famosa recompensa após um dia triste ou de muito trabalho", conta a consultora de imagem Flávia Gnone, do Resolva Meu Look. Sem contar no conceito do pretinho (ou branquinho) básico. O famoso: "essa vai com tudo, nunca é demais!".
Com tantos estímulos, gatilhos e influências que nos cercam diariamente, são raras as pessoas que passam ilesas pelo impulso. Ele, no entanto, não chega a ser uma patologia e pode ser contornado com técnicas simples, como otimizar o seu armário (com as dicas que você verá a seguir!).
O problema é quando a compra por impulso vira uma compulsão. "Essa sim é considerada uma questão mais séria que demanda tratamento psicológico. Normalmente a compulsão vem para cobrir algum vazio. A compra deixa de ser saudável quando há o exagero, deixando de ser um ato esporádico e prazeroso para se tornar uma necessidade. Nesses casos, a pessoa nunca está satisfeita, compra sem parar e muitas vezes gasta mais do que pode com isso", alerta a psicóloga Fabiana Fuchs, do Rio de Janeiro.
Seja por impulso, seja por compulsão, a verdade é que muitas vezes compramos mais do que o necessário. Afinal, será que precisamos mesmo de uma pilha inexplicável de blusas brancas (e praticamente iguais)? Ou ter um vestido preto para cada ocasião? Especialistas em estilo garantem que não. Otimizar o armário e criar uma relação mais amorosa com as suas roupas é um método que tem tudo para dar certo e contornar esse hábito. A sua consciência, o meio ambiente e, claro, seu bolso, agradecem. Veja algumas dicas práticas para começar já!
Autoconhecimento é tudo
Aperfeiçoar o autoconhecimento é essencial não apenas para sabermos diferenciar uma compra por necessidade de uma compra por impulso, mas também para ajudar em escolhas assertivas. "Isso inclui saber qual é o seu estilo, as cores que te favorecem e o que funciona para o seu tipo de corpo", diz Flávia. Isso evita, por exemplo, que você compre uma roupa simplesmente porque ela surgiu no seu feed ou porque caiu superbem no corpo de uma amiga.
"O serviço de coloração pessoal e a consultoria de estilo ajudam muito nesse processo que muitas vezes não é tão intuitivo assim", diz a especialista. Cada vez mais as tendências de moda estão menos impositivas e mais livres. "Quem se conhece pouco acaba se dobrando aos padrões estéticos e imagéticos, daí a importância de começar esse processo pelo autoconhecimento", afirma a psicanalista e consultora de imagem Miriam Lima, de São Paulo.
Reúna referências que te agradam
Depois de saber o que favorece o seu corpo e combina com o seu estilo pessoal, passe a reunir referências, ideias, fotos de looks que você usou e gostou. Tudo isso ajuda a memorizar o que você tem e a pensar nas combinações, diminuindo a sensação de necessidade de comprar sempre. Além de todos os recursos de redes sociais (principalmente Pinterest e Instagram), existem apps no celular que ajudam a fazer isso online. Alguns exemplos: Stylebookapp, ResolvaClub e Covet Fashion. Vale experimentar!
Organize as peças que já tem
Uma boa organização começa com uma boa limpeza - o que significa desapegar. "Quando a gente consegue ter um olhar desapegado para o guarda-roupa, separando peças que já não têm a ver com o estilo de vida, fase atual e até com nossas medidas abrimos espaço para o que gostamos de verdade de usar", explica Miriam.
"É muito comum a pessoa ter itens no armário com etiqueta, comprados há algum tempo, que nunca vai usar. Trata-se de uma construção e desconstrução do vestir, o que ajuda bastante na sensação de não termos roupa, mesmo diante de um armário abarrotado", completa. Com um armário enxuto, garante a especialista, fica muito fácil montar looks, redescobrir as suas próprias roupas e frear algumas compras por impulso.
Algumas perguntas para se fazer na hora de definir o que fica e o que sai: Quais cores predominam em meu armário? Elas estão em minha cartela ou harmonizam com o meu biotipo? Há mais partes de cima do que de baixo? (recomenda-se, por exemplo, ter mais camisetas e camisas do que calças ou saias). As partes de cima conversam com as de baixo? São funcionais? E os sapatos, conversam com as suas roupas?
Saia da zona de conforto
Um look todo preto ou o clássico preto e branco acaba sendo muito mais fácil e à prova de erros. Por outro lado, essas combinações são muito limitantes e colaboram para a sensação de falta de opção. "Não tenha medo de experimentar e misturar cores, texturas, padrões e testar novas combinações. Uma blusa de paetê, só usada em festa, pode ir bem com jeans e tênis, por exemplo", sugere Miriam.
Nesse ponto, os acessórios também são grandes aliados. Uma bolsa ou um brinco mais ousado, por exemplo, são capazes de mudar completamente um look básico ou já usado diversas vezes por você. Outra dica é apostar nos diversos truques de estilo que também dão nova cara às roupas de sempre: dobrar a barra da calça, usar um elástico para deixar uma blusa mais curtinha ou usar e abusar da famosa terceira peça (um blazer, um colete, um lenço...) são dicas de ouro para ter sempre em mente.
Faça uma lista de compras a partir do que falta
Isso não significa anotar um monte de peças novas que você tem que comprar - e sim roupas que você precisa para poder otimizar o closet. "Não existe mais uma única peça que toda mulher tem que ter e sim o que é essencial para explorar e usar tudo o que se tem no armário", diz Flávia Gnone. Por exemplo: sapatos que valorizem o tipo de calça que você mais gosta, um cinto diferente que vai dar novos ares aos diversos vestidos e outras peças de baixo ou um bom blazer capaz de deixar qualquer look com ar fashionista. Não tem regra, mas com o autoconhecimento em dia e uma boa coleção de referências, fica mais fácil descobrir itens básicos que farão toda a diferença na montagem dos looks.
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