'Não quero ser coach de separação': Titi Müller fala sobre fim de casamento
A apresentadora Titi Müller anunciou neste sábado (14) o término de seu casamento com o músico Tomás Bertoni. Em entrevista para a Revista TPM, a gaúcha de 34 anos comentou sobre a decisão. O isolamento social causado pela pandemia e a chegada de um filho foram determinantes para que cada um buscasse seguir o próprio caminho. "No dia que a gente decidiu se separar, o alívio foi tão grande que a gente até transou", contou a influenciadora.
Titi é mãe de pandemia. No ano passado, Universa conversou com a apresentadora sobre a gestação, a chegada de Benjamin e sobre o puerpério. Após o nascimento da criança, ela diz ter vivido um período intenso de solidão. "A fase do puerpério é uma tempestade de hormônios. Nós nos sentimos muito sozinhas", explica. Somado a isso, o isolamento social; e, agora, um término para processar.
Mas Titi não se resume a mãe ou esposa. "Agora estou focada no lançamento da nova temporada de 'Anota aí', afirmou a gaúcha em entrevista para Universa, logo após o anúncio da separação. Seu programa de viagens no canal Multishow volta com uma nova temporada, com temática "Escapadinhas da pandemia", dia 27 de agosto.
Quando questionada sobre dicas de como passar por esse processo, ela foi clara: "Não quero ser coach de separação; acho que já falei tudo o que precisava falar. Cada pessoa, e casal, vivem processos diferentes". Apesar disso, ela reconhece a importância de tocar no assunto. "Separação ainda é um tabu", comentou por telefone. Mais detalhes a seguir:
"Me divorciar foi um privilégio"
Desde que anunciou o término de seu casamento no último sábado (14), Titi não para de receber mensagens de outras mulheres a respeito do assunto, pedindo conselhos e opinões. "Quem sou eu para fazer isso? Acho muita prepotência! Cada caso é um caso. Mas, assim, ops... acho que causei um tsunami de separações", diz a influenciadora entre risadas.
Segundo Titi, o término foi pacífico e Tomás continuará frequentando a casa onde ela mora com Benja, como chama o filho, que completou 1 ano em 11 de junho. "É importante pontuar que até mesmo o divórcio é um privilégio. Quantos casais que têm a oportunidade de separar de casa de um jeito legal, confortável e maduro como a gente?", questionou.
Muitas mulheres não conseguem se separar por dependência financeira, por falta de rede de apoio, e por todas as questões do patriarcado que envolvem pressão familiar, social e religiosa. Me sinto privilegiada - Titi Muller
Apesar de não querer dar "dicas" de como passar pelo processo, Titi reconhece a importância de falar sobre separação: "Muitas mulheres me mandaram mensagem falando que se identificaram com o que leram. Separação é uma caixa de Pandora que precisamos abrir; principalmente quando o assunto é divórcio com filhos pequenos. Carregamos um peso de que o casamento tem que funcionar por causa dos filhos, um estigma machista que persegue os casais", afirma.
Agora, passado o anúncio da separação, a apresentadora quer focar na carreira. "Já falei tudo o que tinha que falar sobre a minha vida, só esqueci de falar sobre a estreia da nova temporada 'Anota Aí'", brinca.
Sexo pós-separação faz bem?
Entre as coisas ditas por Titi, a fala sobre "sexo pós-divórcio" ganhou destaque. Para a sexóloga e colunista de Universa Ana Canosa, alguns fatores podem influenciar o ato — entre eles a raiva, o medo ou, até mesmo, a felicidade.
"A tensão - ou a raiva - pode mobilizar a energia sexual das pessoas, sem dúvidas. Transar também pode ser uma última 'celebração' da intimidade e dos momentos bons protagonizados pelos casal. Além disso, o sexo serve como uma maneira de expressar o medo do afastamento, da quebra de ciclos, etc", comenta Ana.
Fazer sexo depois de terminar pode, sim, ajudar no processo. Você pode se dar conta de que não é mais como antes, ou que o sexo é bom, mas não é suficiente para manter a o casal junto - Ana Canosa
Para a terapeuta, esse comportamento é aceitável (e até comum) quando o casal não passou por uma situação abusiva ou violenta. "Esse momento é difícil. A dúvida sobre 'deveria estar separando ou não' é uma loucura. Essas recaídas acontecem. Separação é um processo; idas e vindas fazem parte. O que não pode acontecer é viver em constante angústia, sem definir o futuro. E acho que esse não é o caso de Titi."
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