Skincare natural é para você? Entenda como fazer essa transição
A busca por cosméticos sustentáveis, veganos e cruelty-free é uma das grandes tendências no mercado da beleza. Hoje já é possível cuidar da nossa pele somente com ativos naturais, com diferentes tipos de produtos, sejam eles manipulados ou industrializados.
Uma pesquisa da Grand View Research aponta que o mercado global de cosméticos veganos deve atingir US$ 20,8 bilhões até 2025, uma taxa de crescimento anual de 6,3%. Entre os principais benefícios desses produtos, está aplicar menos substâncias químicas controversas na pele e nos cabelos. Além disso, uma preocupação maior com os impactos da produção e do descarte dos cosméticos e suas embalagens no planeta.
A ideologia é linda, mas o que a gente se pergunta ao comprar um produto é: ele vai resolver o meu problema, como acne, manchas, sensibilidade da pele? A boa notícia é que a nova geração de produtos de beleza naturais tem performance como a dos tradicionais.
"No geral, as mulheres que me procuram para começar um skincare mais natural passaram por um problema como câncer de mama, questões na tireoide, estão grávidas (ou tentando engravidar), sofrem com endometriose", conta a dermatologista Patricia Silveira, do Rio de Janeiro, membro da SBD e especialista em dermatologia natural há 15 anos.
Com o boom de marcas com essa pegada, a gente percebe que o movimento é muito maior. Já é possível fazer essa transição em praticamente todas as categorias, de fotoproteção a antissinais, com diferentes tipos de pele, garantem as especialistas.
Transição suave e ativos para cada caso
Para uma transição realmente eficaz, você deve respeitar o seu tempo, ir desapegando e trocando os produtos quando achar necessário.
"Pesquise e escolha aqueles que vão ao encontro das suas necessidades -- preservar o ambiente, diminuir reações alérgicas a ingredientes sintéticos, fazer um detox", diz a dermatologista Thatiana Hadlich, membro da SBD, de São Paulo. E tudo bem se você for diminuindo aos poucos -- alternando antitranspirante quando for à academia e desodorante natural para o dia a dia, por exemplo.
A performance de produtos naturais é surpreendente, a curto e a médio prazo. "Pacientes com pele inflamada, alérgica, com acne ou sensível percebem os resultados muito rápido", conta Patricia. Não é à toa. "Produtos livres de parabenos, óleos minerais, sulfatos, formaldeídos, oxibenzona e ftalatos cuidam da pele com chances quase nulas de reações alérgicas", explica Thatiana.
No caso das manchas, por exemplo, o clareamento é lento, gradual e sem rebote. "A estratégia é estabilizar a marca, desinflamar a pele e, nessa hora, antioxidantes e fitoterápicos orais podem ser interessantes para garantir a saúde dessa pele", conta Patricia.
Sim, há ativos para cada caso: manteiga de karité, por exemplo, é um bom hidratante para pele seca, assim como a argila verde funciona para controle de oleosidade e manchas.
"Para quem sofre com acne, por exemplo, Óleo Essencial de Melaleuca (Tea Tree) que é um antibiótico natural e antisséptico. Pode ser tão eficaz quanto o tradicional peróxido de benzoíla (muito comum em cosméticos), mas é melhor tolerado pela pele", diz Thatiana.
Se a reclamação são rugas e linhas de expressão, a dermatologia natural tem um jeito diferente de tratar. "No lugar dos ácidos, indico a esfoliação diária como forma de acelerar a renovação da pele, melhorando a textura e poros abertos -- lógico, seguida de hidratação para recompor a barreira de proteção. Ela inclusive ajuda na penetração dos ativos", sugere Patricia.
Para quem sofre com flacidez, a saída inclui tecnologia. "Além da suplementação de colágeno e de vitamina C, ultrassom microfocado é uma boa alternativa. A dermatologia natural não exclui aparelhos e procedimentos", finaliza a dermatologista carioca.
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