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Um olhar diferente sobre o que bomba nas redes sociais


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Ícone do pop e referência racial, Beyoncé faz 40 anos colecionando feitos

Beyoncé faz 40 anos inspirando mulheres negras e sendo uma das maiores referências da indústria musical  - Reprodução/Instagram
Beyoncé faz 40 anos inspirando mulheres negras e sendo uma das maiores referências da indústria musical Imagem: Reprodução/Instagram

Nathália Geraldo

De Universa

04/09/2021 12h49

Dos últimos feitos de Beyoncé, que completa 40 anos neste sábado (4), uma foto ao lado do marido, o rapper Jay Z, causou o furor que uma rainha causa: foram 5 milhões de curtidas na imagem no Instagram - que destaca o diamante de um colar da marca Tiffany, avaliado em R$ 161 milhões. A internet coroou, mais uma vez, Beyoncé como uma das mulheres mais poderosas do mundo: "Não foi Beyoncé que teve a honra que usou o colar, foi o colar que teve a honra ser usado por Beyoncé", disseram os fãs nas redes sociais.

A maior ganhadora de Grammys (são 28) de todos os tempos, empresária, mãe de três e uma referência para mulheres negras, Beyoncé também é uma voz de valorização da autoestima negra e da cultura ancestral africana.

Sem contar os looks, certo? Aqui, separamos 6 motivos para enaltecer Beyoncé Giselle Knowles-Carter e seus marcos como uma artista negra.

Beyoncé faz 40 anos: as conquistas até agora

Para a revista Harpers Bazaar, Beyoncé contou que o que mais quer na chegada aos 40 é viver com liberdade. "Quero ter a mesma liberdade que sinto no palco. Quero explorar aspectos de mim mesma que não tive tempo de descobrir e desfrutar da companhia do meu marido e meus filhos. Quero viajar sem trabalhar. Quero que a próxima década seja sobre celebração, alegria e dar e receber amor. Quero dar todo o amor que tenho às pessoas que me amam de volta".

As fotos incríveis de Beyoncé

A depender das fotos publicadas no Instagram, acompanhado por 205 milhões de seguidores (e, detalhe, rede social em que ela não segue nenhuma conta), o espírito de curtir a vida adoidado já está sendo colocado em prática. Só isso nos faz admirá-la ainda mais!

Há viagens e momentos com a família:

Looks incríveis que dá vontade de copiar

E, bem, capas de revista icônicas, como esta da Vogue britânica:

O valor para a cultura e para a visibilidade negra

Nem só de close vive Beyoncé, claro. Na música e no audiovisual, ela representa a cultura negra e resgata a ancestralidade africana sempre que pode. As letras do projeto "The Lion King: The Gift", por exemplo, são cheias de referência a quem veio antes dela e a importância da cultura do continente africano na construção da história do mundo.

"Black Parade", single lançado em junho do ano passado, também é essencialmente uma ode às raízes africanas.

"Disseram que o povo negro era feio, ridicularizando seus traços, o tamanho dos seus lábios, seus cabelos. A letra é um pedido para que o povo se coloque acima disso e lembre sua grandiosidade", apontou a mestre em filosofia Katiúscia Ribeiro, em entrevista para Universa, ao analisar a canção.

A importância para mulheres, sobretudo, mulheres negras

Ícone de beleza e de moda, Beyoncé exalta a autoestima das meninas e mulheres negras, que há gerações são alvo do racismo, que tenta diminuir a importância de suas existências. A letra de "Brown Skin Girl", em que celebra a cor da pele de meninas negras e que conta com participação de Blue Ivy, é um exemplo: "Garota da pele marrom, você brilha como pérola", diz um trecho do refrão.

Questões como a relação com o corpo também fazem parte do discurso da cantora, que já falou sobre "não dar a mínima" para a alteração de peso que teve depois do parto dos gêmeos Sir e Rumi. Ao mesmo tempo, Beyoncé não disfarça que também é vítima de pressão estética: no documentário "Homecoming", da Netflix, mostra ao público como seguiu uma dieta rigorosa alegando precisar perder peso para estar 100% nos palcos.

A referência de sucesso como artista negra

Primeira mulher negra como headline do festival Coachella, primeira mulher negra a usar o colar Tiffany. As conquistas individuais de Beyoncé são assistidas por todos e levantam debate sobre a demora para que esses marcos históricos também sejam protagonizados por pessoas negras.

Beyoncé é uma referência na indústria do entretenimento e, por essa razão, fez um discurso para jovens que se formavam no Ensino Médio, nos Estados Unidos, valorizando sua trajetória de sucesso e como driblou os preconceitos estruturais para tê-la.

"O negócio do entretenimento ainda é muito sexista. Ainda é muito dominado por homens e, como mulher, não vi modelos femininos suficientes com a oportunidade do que sabia que tinha que fazer - administrar minha gravadora, gerenciar minha empresa, dirigir meus filmes e produzir minhas turnês", disse a cantora.

"O que significava propriedade, possuir minhas produções, possuir minha arte, possuir meu futuro e escrever minha própria história. Não havia mulheres negras sentadas à mesa. Então eu tive que cortar a madeira e construir minha própria mesa".

A carreira como empresária

A marca de roupas "Ivy Park", que virou o meme "Beyoncé modas" para os brasileiros que amam os looks lançados pela cantora, é uma das frentes de sucesso de Beyoncé. Criada em 2016, "Ivy Park" causa furor nas redes sociais a cada coleção — a mais recente, "Rodeo", homenageia cowboys e cowgirls negros dos EUA.

O ativismo por causas que importam

Durante a pandemia, Beyoncé destacou alguns projetos importantes de apoio a pessoas que estão em situação de vulnerabilidade pelo mundo. Com o projeto social "BeyGood", ela promove ações e suporte para os mais necessitados. Ela também já demonstrou apoio ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e, no lançamento de "Black Parade", disponibilizou uma longa lista de negócios fundados e liderados por pessoas negras para incentivar o "afroempreendedorismo".

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