Annalena Baerbock: quem é a mulher que pode ocupar o lugar de Angela Merkel
No próximo domingo (26), a Alemanha vai escolher seu próximo chanceler, que entrará no lugar de Angela Merkel. Após quatro mandatos, totalizando 16 anos, Merkel deixa a liderança do país mais poderoso da Europa. Foi a primeira mulher a ocupar o cargo e há chances de, nesta eleição, ser eleita a segunda: Annalena Baerbock, 40, do Partido Verde, única representa feminina entre os principais candidatos na disputa.
Em uma pesquisa eleitoral recente divulgada pelo emissora ZDF, Baerbock recebeu 26% de intenção de votos. Fica atrás de Olaf Scholz, atual ministro das Finanças, com 67%, e quase empata com Armin Laschet, com 29%. A pesquisa permitia que o entrevistado escolhesse em mais de um candidato.
Mas, a uma semana do pleito, 40% dos eleitores ainda dizem não saber em que vão votar, mostrando que Baerbock, que chegou a liderar a corrida eleitoral em maio, ainda tem chances de vencer, segundo analistas. É possível que a Alemanha tenha outra mulher no comando?
Conheça um pouco mais sobre a candidata.
Está na política há 16 anos
Na convenção do Partido Verde, em 2018, quando começou a despontar como líder da sigla, Baerbock mostrou a que veio. "Não estamos escolhendo hoje a mulher ao lado de Robert [Habeck copresidente do partido], estamos escolhendo a nova chefe de bancada no parlamento federal", anunciou, sob aplausos. Em 2019, no encontro que elegeria o representante verde na disputa nacional, foi eleita copresidente com 97% dos votos.
Formada em Ciência Política e Direito Público pela Universidade de Hamburgo, entrou para o universo político em 2005, ao se filiar ao Partido Verde e se tornar assessora de uma deputada da mesma sigla, que atuava no Parlamento Europeu. Em 2013, foi eleita para o parlamento alemão.
Foi ginasta e ainda segue a filosofia do esporte
Tem propostas voltadas para o meio ambiente
Baerbock é a favor que o país abandone a energia de carvão mineral antes de 2038, como pretende o atual governo. Especialista em direito internacional e clima, tem em sua agenda diversas pautas com foco no meio ambiente e nas questões relacionadas a mudanças climáticas, pauta da qual também é ativista.
Mãe de duas filhas nascidas em 2011 e 2015, ela falou sobre o mundo que pretende deixar para as crianças em um encontro recente do partido. "Em 2050, ano para o qual a Conferência do Clima [realizada em Paris em 2015] formulou seus objetivos, minha filha terá a idade que eu tinha então, 35 anos, e talvez ela tenha filhos e eu seja avó. A essa altura, vamos ter que criar um tipo de prosperidade que seja favorável ao clima."
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