Denúncias de soldada da PM presa no Maranhão são arquivadas
As denúncias feitas pela soldada da PM no Maranhão Tatiane Alves, presa ao se recusar a fazer hora extra para que pudesse amamentar o filho, foram arquivadas pela Justiça Militar. Por meio de vídeos publicados em uma rede social, a soldada havia acusado Leandro Maluf Gomes de abuso de autoridade, além de citar outros policiais por assédio moral.
Ela também fez referência a um caso de assédio sexual, que teria acontecido em 2020, em Imperatriz. Tatiane cita um ex-comandante do Esquadrão Águia, voltado para o patrulhamento com motos. No inquérito, o nome desse acusado não é citado.
Além das denúncias de Tatiane, Leandro já foi investigado e condenado por efetuar disparos em uma via pública em Imperatriz, em 2017, fora do horário de serviço e com sinais de embriaguez. Ele recebeu pena de dois anos de reclusão, que foi convertida em prestação de serviços comunitários.
"Consta nos autos, que Tatiane Alvez de Lima, ao ser intimada para prestar os devidos esclarecimentos acerca do fato, apresentou na oportunidade atestado médico de insanidade e declarou-se sem capacidade para responder as perguntas que lhe fossem feitas com vistas à apuração do fato", afirma o inquérito, que cita ainda que o Ministério Público pediu o arquivamento.
Na época, Tatiane esperava ter apoio dentro da Polícia Militar. No entanto, ela relata que a instituição se voltou contra ela.
Eu queria que o caso fosse investigado, mas quem acabou investigada fui eu. Abriram uma sindicância para a apurar o que teria sido um 'crime militar' por eu ter divulgado o vídeo. Eles dizem que meu ato 'manchou' a imagem da instituição.
A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com o tenente Leandro Maluf para comentar as acusações de Tatiane. O UOL também insistiu por um posicionamento da Polícia Militar, por meio da Secretaria de Segurança Pública. No entanto, não houve retorno.
Indenização por danos morais
Um processo foi aberto referente à prisão de Tatiane, ocorrida no Centro Histórico de São Luís sob ordens do tenente Mário Oliveira, no dia 5 de setembro. O inquérito apura a legalidade do ato, já que a soldada foi presa fora do horário de serviço e precisava amamentar. A depender do parecer da Justiça, ela pretende novamente pedir indenização.
"Nesse caso, eu só vou poder entrar com uma ação contra a polícia depois que considerarem que a prisão contra mim foi ilegal. Enquanto isso, não. Mas depois que acontecer, pretendo entrar com ação por danos morais", afirmou a PM.
Ao UOL, o Ministério Público informou que foi aberta uma sindicância para apurar o caso e ainda se a prisão foi legal. "A respeito do caso, foi instaurado inquérito policial militar para apurar o ocorrido, e o Ministério Público está acompanhando a investigação. Somente depois que o inquérito for concluído é que o mesmo será remetido para o MP e distribuído para uma das promotorias", diz o comunicado.
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