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Pele oleosa também precisa de hidratação com óleos; saiba como usar

Alguns óleos são capazes de hidratar e restaurar o equilíbrio da cútis - iStock
Alguns óleos são capazes de hidratar e restaurar o equilíbrio da cútis Imagem: iStock

Jéssica Arruda

Colaboração para Universa

05/10/2021 04h00

Se você tem pele oleosa e sempre faz questão de manter distância dos óleos, chegou a hora de rever os seus conceitos. É claro que alguns deles não são indicados, já que podem agravar a produção de sebo na pele. No entanto, outros são realmente capazes de hidratar e restaurar o equilíbrio da cútis.

Os óleos com alto teor de ômega 3 e ácidos graxos essenciais, com funções adstringentes e antimicrobianas, por exemplo, estão entre os mais indicados. Esses produtos conseguem revitalizar a pele oleosa, trazendo o efeito de oclusão que impede a saída de água da derme.

"Por mais controverso que pareça, alguns óleos podem, sim, ser interessantes para as peles oleosas. O maior erro da rotina de cuidados é acharmos que a pele oleosa não precisa de hidratação. Embora este tipo de pele tenha um brilho excessivo, isso não significa que o uso de hidratantes não seja importante, inclusive os óleos", acredita a dermatologista Priscila Bossardi, de Curitiba (PR).

Por que usar óleo na pele oleosa?

Quem convive com a pele oleosa sabe que secar a região da zona T para se livrar da oleosidade pode causar efeito rebote. Ou seja, a cútis tende a produzir ainda mais óleo como mecanismo de defesa para equilibrar a perda de umidade da pele. Como consequência, os poros ficam entupidos e o surgimento de acne e espinhas se torna ainda mais frequente.

É aí que entram os óleos vegetais: esses compostos apresentam ativos capazes de preservar a barreira lipídica da pele, evitando a entrada de agentes e substâncias indesejadas. Na prática, os óleos formam um filme protetor, mantendo a hidratação necessária para mantê-la sempre bonita e saudável.

"Muitas vezes, a composição lipídica está em desequilíbrio por diversos motivos, da alimentação gordurosa à exposição excessiva à radiação solar. E o uso de óleos certos pode auxiliar no processo de recomposição dessa camada da pele", ressalta o dermatologista Romeu Barradas de Menezes, da Clínica Mais, de São Paulo (SP).

Óleos indicados para pele oleosa

Na hora de escolher o melhor óleo facial, fique atenta: priorize sempre itens como textura leve e de rápida absorção. Entre os mais indicados para este tipo de pele está o óleo de semente de uva, por exemplo, que alia funções hidratantes e também funciona como adstringente na cútis.

Outros óleos vegetais como de jojoba, rícino e rosa mosqueta apresentam vitaminas A, C e E em suas respectivas composições. Além de controlar o acúmulo natural de sebo, têm efeitos anti-inflamatórios que previnem ainda o surgimento de acne. E mesmo os mais indicados devem ser utilizados com moderação --e isso vale para todos os tipos de pele. Geralmente, duas a três gotas já são suficientes para todo o rosto.

Óleos para a pele oleosa - iStock - iStock
Óleos para pele oleosa
Imagem: iStock

"No corpo, o melhor momento para aplicação é durante ou logo após o banho. No rosto, deve ser utilizado após a limpeza da pele e, geralmente, pode ser usado pela manhã, antes do protetor solar, e à noite", recomenda a dermatologista Priscila Bossardi.

O que evitar?

Mesmo com todos os benefícios dos óleos vegetais para os cuidados com a pele oleosa, é melhor evitar alguns tipos, especialmente aqueles com alto poder comedogênico, ou seja, que levam à obstrução dos poros e, consequentemente, ao surgimento de cravos e espinhas. É o caso, por exemplo, do óleo de coco, do óleo de gergelim e da manteiga de cacau, entre outros.

A principal contraindicação para o uso está na sensibilidade ao tipo de óleo, que pode trazer efeitos adversos como vermelhidão da pele e coceira. Por isso, a recomendação é evitar o uso de óleos minerais no rosto —produtos derivados do petróleo que podem prejudicar a qualidade da pele.