Noiva dirige até o próprio casamento após tentar mais de 20 corridas de app
A advogada Nathália Andrade, de 34 anos, sabia que o dia do seu casamento seria bem emocionante. O que ela não poderia imaginar era que as emoções começariam bem antes dela chegar a um restaurante da Asa Sul de Brasília, onde estava marcada a cerimônia, às 17h de sábado (16).
Depois de se arrumar para a cerimônia ao lado de duas amigas, também suas madrinhas, ela tentou pedir um carro pelos apps Uber e 99, para chegar ao local da cerimônia civil. Em um dia complicado pela chuva, ninguém aceitou a viagem, e ela precisou ir no próprio carro até a festa, onde era aguardada.
A chegada acabou tendo um atraso de 1h20 - muito até para quem acha "tradicional" que a noiva não chegue no horário marcado.
"Pedimos carros eu, minhas duas madrinhas e o pessoal da equipe de cerimonial. Todos os motoristas recusaram. Isso durou uma hora de saga", conta a noiva, a Universa.
Já sem esperanças de chegar ao local pelo Uber ou 99, ela decidiu então ir dirigindo o seu carro junto às duas amigas, numa aventura que a marcará para sempre. "Eu estava rindo, mas de nervoso", brinca.
Rearranjo forçou mudança
O casamento, conta Nathália, já havia sido adiada duas vezes por conta da pandemia. Após a queda dos números da covid-19, a data foi marcada e ela conta que não se preparou para ter um amigo ou amiga motorista, porque houve uma mudança na véspera.
"Eu não contratei um serviço de motorista ou convidei algum amigo porque eu ia me arrumar onde foi o casamento. 24 horas antes, fomos acionados pela gerência do restaurante para mudar o layout da estrutura que estava sendo montada por conta da iminência da chuva. Então a gente perdeu o local onde eu iria me arrumar lá", explica.
A solução, então, veio de última hora.
Foi aí então que uma das madrinhas ofereceu a casa dela para que a gente se maquiasse. Mas essa residência fica no Jardim Botânico, a cerca de 30 minutos de distância do restaurante, na Asa Sul. Por sorte fui no meu carro, que iria deixar lá guardado
A cerimônia estava marcada para às 17 horas, com uma juíza. E a única coisa que a cerimonialista me pediu foi que não atrasasse o horário da cerimônia.
A saga
Quando deu 16h45, começou a saga para pedir um carro que as levassem. "Deu 17h, 17h15, 17h30, e nada. Nisso, soube que a juíza estava reclamando do atraso. Liguei para a cerimonialista, que tentou pedir também um carro, mas não conseguiu. Quando foi 17h50, falei para meninas: 'Ainto muito, mas a gente vai no meu carro'! Como elas são do Recife, não conhecem a cidade, tinha de ser eu mesma ir dirigindo", relata.
A sensação de ir dirigindo para o próprio casamento, conta a advogada, foi mista. "No começo teve muita chateação, porque eu estava mais de uma hora atrasada. Mas foi um misto de raiva e euforia. As meninas ajudaram a me acalmar", diz, citando que, ao chegar ao local no volante causou um impacto.
Quando o manobrista me viu, perguntou se eu estava maluca. Eu disse: 'moço, eu só quero casar, me ajude'
O momento da chegada foi registrado pelo fotógrafo da festa, Rafael Zart. "Eu estava com ela no making of. Quando saí de lá, achei que estava tudo ok. Só quando cheguei no local foi que a cerimonialista me avisou que ela viria de carro. Então já fui para frente do restaurante para registrar essa chegada inusitada", conta ele.
Ele diz que a chegada dela ao volante surpreendeu a todos. "O pessoal não sabia, acho até que foi uma surpresa até para os padrinhos, que estavam se organizando para a entrada quando o carro parou ali, na rua, com a noiva no volante. O noivo estava ansioso, mas para os convidados, parecia um atraso normal de um casamento", relata.
Por fim: a cerimônia foi um sucesso. Grávida de 3 meses, ela aproveitou a festa para revelar o sexo do bebê que espera: será um menino e se chamará Rafael.
Nathália já é mãe de uma menina de 8 anos. "Deu tudo certo. Hoje isso rende muita risada; depois de muita emoção, consegui contar a todo mundo, foi muito engraçado."
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